Maranhão: PP leva ao ar programa político que mostra o apartheid criado pelo grupo de José Sarney

Prova dos nove – Quando o ucho.info afirma que o despotismo e a incompetência que marcam o clã Sarney transformaram o Maranhão no mais pobre estado brasileiro, os atuais inquilinos do Palácio dos Leões, começando pela governadora Roseana Sarney, torcem o nariz. Algumas vezes, certos incomodados partem para a retaliação, mas neste site ninguém se dobra diante da prepotência de caudilhos fantasiados de democratas.

Dando sequência a uma série de programas políticos, o Partido Progressista maranhense levou ao ar na noite desta sexta-feira (6) mais um capítulo da campanha que defende uma imediata mudança no comando político do estado. E isso só será possível a partir do compromisso dos políticos de elevarem o povo como prioridade maior e primeira.

No programa desta noite, o PP, presidido pelo deputado Waldir Maranhão, mostra mais uma das mazelas da terra do arroz de cuxá e da vinagreira, duas iguarias da culinária local. Uma mulher fala no vídeo sobre a dificuldade que enfrenta em sua terra natal por ser negra e pobre.

Isso mostra que Roseana Sarney, atual governadora e representante do clã comandado por seu pai, senador José Sarney, instalou no Maranhão um apartheid verde-louro, a exemplo do que ocorreu na África do Sul em tempos pretéritos, até que Nelson Mandela conseguiu acabar com o regime de discriminação racial.

Enquanto Mandela avançou na direção da democracia, o grupo político de Sarney transformou o Maranhão em uma capitania hereditária, cujo poder é dividido e alternado entre familiares e apaniguados, como se isso estivesse em conformidade com os conceitos mais rasos de legalidade e humanidade.

É inaceitável que em pleno século XXI o bravo e resistente povo do Maranhão ainda seja refém de uma família que fez da política local um negócio lucrativo, deixando aos verdadeiros donos do poder, os maranhenses, a carcaça do que poderia ser um estado distante da brutal desigualdade social.

Por certo o grupelho político da governadora dirá que essa matéria é missa encomendada, mas, ela própria [Roseana] sabe que aqui não se faz jornalismo de encomenda e muito menos se tergiversa diante dos descalabros que partem do Palácio dos Leões para todos os cantos do estado.

Para que aos capitães hereditários maranhenses não restem dúvidas acerca da seriedade desta matéria, o editor tem sua mãe de criação, irmãos e sobrinhos, todos negros e em condições financeiras não confortáveis, vivendo em São Luís. Só mesmo quem conhece a realidade do Maranhão, como é o caso do editor, consegue avaliar a extensão de um estrago que ultrapassa as fronteiras da desumanidade.

Muda Maranhão, muda! A hora é agora!