Rasgando a história – Para um partido que ao longo da própria história sempre criticou com veemência as privatizações, como forma de atacar seus adversários políticos, o PT tem se mostrado desavergonhado. Em meados de 2006, quando Lula dava os primeiros passos rumo à reeleição, a camarilha petista tratou de espalhar o boato de que se o PSDB retornasse ao poder central a Petrobras seria imediatamente privatizada.
Pelo estrago que o PT patrocinou na petroleira, o melhor seria ter colocado nos cofres da União o dinheiro da privatização. Por certo, aquele discurso de então era a cortina de fumaça para esconder os muitos escândalos de corrupção na Petrobras, começando pela bisonha aquisição de uma refinaria obsoleta e bilionária em Pasadena, assunto que até hoje não foi esclarecido.
Desde que não teve como negar a incompetência que domina o Partido dos Trabalhadores, o Palácio do Planalto aderiu de vez às privatizações, mas por questões ideológicas abraçou uma nova mentira e batizou o processo de concessão. Algo muito parecido com o que faz a presidente Dilma Rousseff ao dizer que apagão e blecaute são situações distintas.
Agora, desesperados para mostrar serviço aos brasileiros, a um ano das eleições de 2014, os palacianos começam a procurar interessados nas privatizações que serão realizadas por um governo marcado pela inoperância. Na quinta-feira (12), o ainda ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se pela segunda vez, em São Paulo, com representantes de bancos privados, para tratar da formação de consórcios que, com a parceria da Caixa e do Banco do Brasil, investirão na modernização da infraestrutura nacional.
Só mesmo um inocente é capaz de acreditar que sob o comando de um desgoverno como o da petista Dilma Rousseff alguém colocará a mão no bolso para investir seu precioso dinheiro em um negócio que tem a taxa de retorno controlada pelos palacianos. Enfim…