Cumprindo ordens, Dilma resolveu faturar politicamente com o caso da suposta espionagem dos EUA

Faturando alto – As questões internacionais do governo petista de Dilma Vana Rousseff são tratadas de forma meramente ideológica e como se fosse um pires com tremoço sobre o balcão de um boteco de porta de fábrica. Considerando que o chanceler genérico do governo é Marco Aurélio Garcia – aquele do “top, top” após o acidente da TAM –, os brasileiros não podem esperar algo melhor.

À frente de um governo paralisado, principalmente pela incompetência notória de seus assessores, Dilma decidiu cancelar sua viagem a Washington, onde encontraria com o presidente Barack Obama na Casa Branca no próximo dia 23 de outubro, apenas porque o governo norte-americano não respondeu a solicitação formulada pelo Palácio do Planalto acerca das denúncias de espionagem. A decisão de cancelar o encontro ainda não foi anunciada oficialmente, mas a presidente esgotará o episódio até o último instante.

O governo brasileiro agiu corretamente ao protestar, mas antes de qualquer ação deveria checar a veracidade dos documentos que serviram de base para as denúncias, que muito estranhamente perderam espaço na imprensa nacional, começando pelo enfadonho e dominical Fantástico.

Sem saber como equacionar a crise que chacoalha o Brasil, a presidente Dilma precisa ter algum assunto que esconda, por algum tempo, o fiasco de um partido que conseguiu levar o País ao atraso econômico. Com a popularidade ainda em baixa, apesar de recente e pequena recuperação nos índices de aprovação, a presidente fatura politicamente com o caso da suposta espionagem, enquanto que o cancelamento do seu encontro com Obama pouco importa para os Estados Unidos.

Muito espertamente, os marqueteiros presidenciais resolveram que é preciso esticar o assunto, pois assim a parcela incauta da população recobra a confiança em Dilma apenas por causa de uma postura supostamente mais dura com a Casa Branca. Trata-se de um jogo de cena tão barato e chicaneiro, que os assessores palacianos convenceram Dilma a reclamar da eventual espionagem ianque durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

A armação é tão irresponsável e barata, que o governo do PT, financiado pelo suado dinheiro do contribuinte, envia emissários dos mais variados a Washington para tratar do tema, pois só assim manter-se-á no noticiário verde-louro. É preciso doses extras de tolice para acreditar em um governo como o de Dilma Rousseff, que é a continuidade do de Lula, o lobista-fugitivo.