Cortina de fumaça – Eleito na esteira da popularidade de Luiz Inácio da Silva, o lobista-fugitivo, o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, continua usando a melhoria do transporte público como principal bandeira de sua administração, como se fosse um tema de fácil solução. Haddad não pode esquecer que seu padrinho político é o responsável primeiro pela piora no trânsito na maioria das cidades brasileiras, decorrente da enxurrada de carros que o governo do PT despejou nas ruas do País no vácuo de um programa de incentivo à economia.
Conhecido por ter o Partido dos Trabalhadores como seu maior cliente, o Ibope realizou recentemente, em parceria com a Ong petista “Nossa São Paulo”, uma pesquisa sobre o transporte público na maior e mais importante cidade brasileira. De acordo com os resultados da pesquisa, 79% dos entrevistados disseram que deixariam o carro em casa se o transporte público fosse de qualidade.
Para que essa aludida qualidade seja alcançada é preciso que o poder público invista recursos, algo inviável com orçamentos cada vez mais apertados. Ademais, o custo dessa melhoria seria repassado ao usuário do sistema, o que impactaria no calcula da inflação oficial. Para fingir que algo está sendo feito no setor, Haddad e seus assessores da Secretaria Municipal de Transportes resolveram criar corredores exclusivos de ônibus em várias regiões da cidade, medida que até agora não fez com que aumentasse o número de passageiros.
Essa estratégia, burra por enquanto, conflita com uma absurda frota de automóveis particulares que circulam de forma quase ininterrupta na capital dos paulistas, fazendo com que o trânsito seja cada vez mais caótico.
A primeira medida que Fernando Haddad deve adotar em relação ao transporte é deixar de mentir sobre os índices de congestionamento. Na segunda-feira (16), às 18h44, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 103 km de congestionamento, enquanto que a Maplink, que mede o trânsito em tempo real e em toda a cidade, apontava 526 km de trânsito quase parado.
Isso mostra que Fernando Haddad, antes de deixar Brasília para disputar a prefeitura paulistana, passou no Palácio do Planalto para reforçar o estoque de pílulas da mitomania. Haddad é tão avesso ao contraditório, como fazem nove entre dez petistas, que o ucho.info foi cortado da lista de veículos de comunicação que diariamente recebem informações da prefeitura de São Paulo. É a tal da democracia petista, que mescla arrogância com autoritarismo.