Prostíbulo vertical volta a funcionar à beira do Aeroporto de Congonhas e é senha para nova tragédia

Camisa de força – O Brasil consagra-se cada vez mais como um país de faz de conta, sem que a grande imprensa, sempre adorada, manifeste-se contrariamente. Na tarde de 17 de julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, um Airbus A-320 não conseguiu frear na pista molhada e colidiu com o terminal de cargas da TAM, deixando 199 mortos no maior acidente da aviação brasileira.

Desde então, muito se discute sobre os motivos que teriam provocado a tragédia, mas é certo que o encurtamento técnico da pista por causa de um edifício erguido na cabeceira do aeroporto paulistano foi um dos motivos. Ao longo desses anos, o ucho.info vem insistindo nesse fato, sem que as autoridades tomassem qualquer providência ou levasse em consideração o que é fato inconteste.

O edifício construído, sem as devidas licenças, à beira do Aeroporto de Congonhas tinha por objetivo abrigar um prostíbulo de luxo, que acabou não funcionando por conta da repercussão da tragédia. O Bahama’s Club, um lupanar de luxo de propriedade de Oscar Maroni, voltou a funcionar na última semana, sendo que o fato mereceu apenas rodapés de matérias que serviram para promover o empreendimento que, ao contrário do que alega o empresário, será palco de exploração sexual, o famoso rufianismo.

É preciso cobrar das autoridades explicações sobre a decisão de permitir o funcionamento do prostíbulo, uma vez que o prédio já deveria ter sido demolido para garantir a segurança de pousos e decolagens de aeronaves em um dos mais movimentados aeroportos do País. A autorização para o funcionamento do bordel foi concedida com a condição de que no local não ocorram shows, mas Maroni afirma que espetáculos sensuais acontecerão no palco do seu “hotel”.

Beira a irresponsabilidade autorizar o funcionamento de um bordel sem se preocupar com a segurança dos usuários do Aeroporto de Congonhas, que mais parece um porta-aviões estacionado em mar de concreto cercado por carros de todos os lados. Uma nova tragédia no aeroporto paulistano não deve ser descartada.