Fora de controle – Do arrogante Eduardo Gaievski, prefeito de Realeza, que obrigava meninas de 12 anos a fazer sexo com ele sob a ameaça de demissão de parentes que trabalhavam na prefeitura, pouco sobrou. O prepotente ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, que dava ordens aos gritos para prefeitos do interior do Paraná, “virou pó”. Pelo menos é essa a conclusão a que se chega diante do comportamento do cidadão que, preso, foi abandonado pelos companheiros do PT, incluindo a ministra Gleisi, e deve ser condenado a pesada pena de prisão.
O homem que contava seus estupros rindo e usando palavras obscenas, agora chora, recusa comida e fala em suicídio. Ou seja, Gaievski está em depressão, o que obrigou a direção do presídio a transferi-lo para a ala psiquiátrica da Casa de Custódia de Curitiba, uma vez que a avaliação é de que o delinquente sexual corre risco de vida.
Ciente de que não terá o esperado socorro político e jurídico por parte PT, além de temer não mais sair da prisão por causa dos múltiplos crimes de estupro de vulnerável que cometeu, Gaievski continua ameaçando contar tudo o que sabe. Inclusive as muitas relações sexuais que manteve com menores no período em que foi assessor da Casa Civil, em Brasília. Revoltado com os companheiros, que o abandonaram à própria sorte na cadeia, o ex-assessor faz questão de dizer tudo o que sabe sobre práticas corruptas do PT. Avisa que revelará o que viu nos bastidores tenebrosos da Casa Civil, no meio ano em que esteve como o todo-poderoso braço direito de Gleisi Hoffmann.
Quem teve contato com Gaievski depois de sua transferência para a ala psiquiátrica do presídio está impressionado. Ele está totalmente transtornado em decorrência do abandono que sofreu por parte do PT e da companheira Gleisi. Incontrolável, Gaievski já é considerado um homem-bomba. “Sou um homem que não tem mais nada a perder. E quem não tem nada a perder é muito perigoso. Não vou me desgraçar sozinho”, diz Eduardo Gaievski, quando os longos períodos de depressão aguda são substituídos por momentos de revolta.
A depressão derrubou de vez o ex-assessor da Casa Civil quando ele soube que Gleisi Hoffmann esteve duas vezes no Paraná (uma vez na festa do Porco no Rolete, em Toledo, e outra em evento político do PT realizado em hotel de luxo na capital paranaense) e, em nenhuma delas, procurou contatá-lo ou mandou qualquer mensagem de apoio. Ao contrário, Gleisi passou a fingir que não o conhecia direito. Revoltado, Gaievski garante que Gleisi o conhecia muito bem e saberia, inclusive, de sua preferência por “mulheres jovens”.
O ex-assessor de Gleisi Hoffmann é investigado pelo Ministério Público do Paraná por dezessete estupros de vulnerável (menores de 14 anos), estupro qualificado (nove vezes), assédio sexual qualificado (cinco vezes) e delito de responsabilidade dos prefeitos, por ter usado nomeações e demissões para obter sexo e ter usado o carro oficial da prefeitura para a prática de estupros.