Descontrole emocional do pedófilo que assessorava Gleisi na Casa Civil causa pânico no PT do Paraná

Por um fio – Ex-assessor da ministra Gleisi Hoffmann na Casa Civil e preso pela prática 26 estupros contra menores, o petista Eduardo Gaievski entrou em depressão e foi internado na ala psiquiátrica da Casa de Custódia de Curitiba. Tudo dentro da normalidade, pois ao Estado compete garantir a integridade do preso, mas a possibilidade de o pedófilo revelar o que sabe deflagrou uma onda de pânico no PT paranaense.

Gaievski era o coordenador da campanha de Gleisi Hoffmann rumo ao Palácio Iguaçu e por conta disso tem informações que pode provocar danos irreparáveis à legenda. O ex-assessor especial conhece detalhes sobre os financiadores de campanha, as alianças secretas da candidata e os problemas legais de outros assessores de Gleisi na Casa Civil. Sabe tudo também sobre a própria Gleisi, inclusive em relação à sua passagem pelo capítulo brasileiro da binacional Itaipu e por uma secretaria de Zeca do PT no Mato Grosso do Sul, no final da década de 90.

No último domingo (29), após evento político do PT no Hotel Bourbon, o mais caro e luxuoso de Curitiba, Gleisi, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e Enio Verri, presidente da legenda no Paraná, fizeram uma avaliação preocupante sobre o caso Gaievski. A ainda ministra relatou que foi cobrada pela presidente Dilma Rousseff sobre o escândalo que deseja ter em mãos uma avaliação precisão do caso.

Tarde demais, os petistas chegaram à conclusão que foi um erro abandonar o pedófilo, o que convergiu para uma situação de extrema preocupação. Agindo por conta própria e sem orientação jurídica de peso, Gaievski tentou intimidar testemunhas e acabou no isolamento da Casa de Custódia de Curitiba. Ao ser transferido para outra unidade prisional, o ex-assessor percebeu que são ínfimas as chances de ser colocado em liberdade, o que gerou um processo depressivo.

Isolado na ala psiquiátrica do presídio em função de comportamento instável, Gaievski transformou-se em uma espécie de “homem-bomba”, que como tal se alimenta da imprevisibilidade. Nesse período, o pedófilo já falou em delação premiada, cogitou de suicídio e ameaçou revelar o que sabe. Essa situação de oscilações é que tem tirado o sono dos petistas, pois as informações de bastidores são explosivas. “Ninguém pode antecipar o que ele vai fazer. Ele está descontrolado”, diagnosticaram os petistas.