Sem solução – E quando chegar a Copa? Quem já não fez essa pergunta diante do caos em que se transformou o Brasil, um país que está a anos-luz de ser sério. O ucho.info vem dedicando ao longo dos últimos anos espaço para matérias sobre a precariedade nas comunicações, em especial na telefonia celular, que se colapsar durante o mundial de futebol, em 2014, não causará surpresa alguma.
Nesta segunda-feira (14), 80% das antenas de telefonia celular da Claro, em São Paulo, entraram em pane e, de acordo com a central de atendimento, a empresa resolveu fazer uma “manutenção programada”. Questionada sobre o fato de que qualquer programação leva a concluir que determinada ação foi planejada com a devida antecedência, a atendente da Claro não soube explicar os motivos que levaram a empresa a não comunicar os clientes sobre o procedimento técnico.
Acontece que o sistema da Claro parou de funcionar na maior cidade brasileira, que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. A atendente disse que a Claro que uma falha no sistema impediu a operadora de enviar SMS aos clientes comunicando o problema.
Que o Brasil é o país do puxadinho todos sabem, mas é inaceitável que os clientes da Claro fiquem sem acesso à rede de telefonia celular por incompetência de uma empresa que, ao que parece, opera no limite da própria capacidade sem se preocupar com os direitos do consumidor. Porém, não é de se imaginar o que acontecerá na Copa quando dezenas de milhões de celulares estarão conectados à rede simultaneamente, enviando vídeos e fotos por meio da rede de dados.
O ucho.info telefonou para a central de atendimento da Claro e recebeu a informação de que novas ligações a partir de celulares da empresa devem ser tentadas a partir das 10 horas da manhã de terça-feira (15). Independentemente de eventual ressarcimento aos clientes por parte da Claro, milhares de pessoas deixarão de realizar negócios nesse período e terão prejuízos. Mais um escárnio nas comunicações do País, que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve punir com o devido rigor. Isto é, se um dos influentes lobistas da operadora, conhecido nos subterrâneos do Palácio do Planalto, não entrar em ação para o costumeiro “deixa disso”.