PPS quer explicações da Infraero sobre corte de gastos na manutenção de aeroportos

Parafuso solto – Preocupado com a segurança dos milhões de passageiros que utilizam os aeroportos brasileiros, o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), decidiu nesta terça-feira (15) pedir a realização de audiência pública na Comissão de Turismo para debater os riscos do recente corte de gastos promovido pela Infraero nos contratos de manutenção preventiva dos terminais que administra.

De acordo com reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, a “tesoura” desconsiderou alertas feitos por técnicos da estatal e atinge áreas críticas como sistemas elétricos, pontes de embarque e desembarque e operação de sistemas eletrônicos. Segundo técnicos, sistemas de auxílios visuais e de navegação aérea ficarão expostos a interrupções “não programadas”.

“É inadmissível que um país que vai sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada tome uma atitude dessas, que pode comprometer a segurança de voos e de circulação nos aeroportos. A Infraero precisa explicar essa medida”, cobrou o Rubens Bueno.

Para o líder do PPS, a estatal não pode tentar amenizar os prejuízos que vêm sofrendo nos últimos anos cortando gastos em áreas vitais para a segurança dos aeroportos. Além de representantes da Infraero, o parlamentar quer ouvir técnicos que fizeram os alertas e sindicatos das categorias envolvidas na operação aeroportuária.

É importante lembrar que após a confirmação do Brasil como sede da Copa do Mundo, o então presidente Lula, agora um lobista-fugitivo, chamou de “idiota”, por vias transversas e de forma inominada, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, que ousou (sic) externar sua preocupação com os aeroportos brasileiros.

À época, o petista anunciou investimentos da ordem de R$ 5 bilhões para a reforma e ampliação de alguns aeroportos do País, mas a incompetência do governo petista obrigou o Palácio do Planalto apelar às privatizações, que por questões ideológicas os integrantes da legenda preferem chamar de concessões. Algo que nas condições atuais repete a diferença existente entre blecaute e apagão.