Muita calma – Pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial de 2014, cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira (24), mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje e seus oponentes fossem Aécio Neves, pelo PSDB, e Marina Silva ou Eduardo Campos, pelo PSB.
Em três dos quatro cenários analisados pelo instituto de pesquisa, Dilma tem entre 39% e 41% das intenções de voto, mais do que a soma dos índices creditados aos adversários. Em apenas um cenário, com José Serra e Marina Silva na disputa, a petista não supera a soma dos adversários.
No quadro mais provável para 2014 (Dilma, Aécio e Campos), pelo menos por enquanto, a presidente aparece com 41%; o ex-governador de Minas Gerais, 14%; e o governador de Pernambuco, 10%.
Com Marina no lugar de Eduardo Campos, a ex-senadora tem 21%. Mesmo assim, a presidente Dilma praticamente não perde eleitores: oscila de 41% para 39%, o que está na margem de erro. Situação idêntica com Aécio, que passa de 14% para 13%.
Em cenário com Dilma, Serra e Campos como candidatos, eles têm 40%, 18% e 10%, respectivamente. A vantagem da presidente sobre a soma dos adversários, neste cenário, é de 12 pontos porcentuais.
Dilma aparece com 39% quando seus adversários são Marina (21%) e Serra (16%). Neste cenário a presidente fica em situação de empate técnico com a soma das intenções de voto dos outros dois candidatos (37%).
No caso de a disputa presidencial rumar para o segundo turno, Dilma venceria todos os adversários. Contra Marina Silva, o cenário mais difícil, a presidente venceria por 42% a 29%. Com Eduardo Campos, a petista teria vantagem de 27 pontos porcentuais, vencendo por 45% a 18%. Se o adversário fosse o tucano Aécio Neves, a presidente venceria com diferença de 28 pontos percentuais, 47% a 19%.
O ucho.info continua insistindo que é muito cedo para qualquer especulação acerca de possível resultado da eleição presidencial de 2014, pois apenas a presidente Dilma Rousseff está em campanha, usando para isso a máquina federal de forma acintosa. Fora isso, o que a pesquisa aponta hoje pode não se repetir dentro de onze meses. Ademais, o Ibope não considerou uma eventual chapa do PSB com Eduardo Campos e Marina Silva, não importando a ordem.
Por mais que a pesquisa aponte na direção de uma vantagem de Dilma, a situação da presidente não é tão confortável quanto parece. Não custa lembrar que em março deste ano a avaliação positiva do governo do PT era de 63%, tendo despencado para 31% em julho, quando as manifestações populares alcançaram o ápice. De lá para cá, a aprovação do governo Dilma vem sofrendo para recuperar alguns pontos. No final de setembro, registrou ligeira melhora, saltando para 37%, índice que na última consulta do Ibope bateu em 38%, ou seja, permaneceu estável, se considerada a margem de erro.
Resumindo, qualquer comemoração fora antecipada servirá apenas para enganar a opinião pública, pois para quem tem a máquina federal nas mãos o índice de aprovação do governo de Dilma Rousseff é preocupante.