Chame o ladrão! – Não há como contestar que a família é o esteio do ser humano, mas alguns políticos brasileiros levam esse conceito muito a sério, transformando mandatos eletivos em ambiente estritamente familiar. É o caso de Juran Carvalho de Souza (PV), prefeito de Presidente Dutra, cidade do interior do Maranhão. Protagonizando pífio espetáculo político que já é considerado como uma homenagem à imoralidade e ao despotismo, Souza por pouco não nomeou o papagaio da sogra para integrar o primeiro escalão municipal.
Em clara demonstração de que é um homem dedicado à família, Juran de Souza instalou a própria esposa, Maria de Fátima Sodré, na Secretaria da Mulher. Outro que pegou carona nesse trem da alegria familiar foi o filho do prefeito, que está à frente da Secretaria de Administração e Finanças do município maranhense.
Mas o desmando do prefeito Juran de Souza não para por aí. Seu irmão, Jurandy Carvalho, foi nomeado Secretario Extraordinário; o outro irmão, Jurivan Carvalho, está À frente da Secretaria Municipal de Esporte; já o sobrinho Robson Carvalho comanda a Secretaria do Meio Ambiente.
Para finalizar essa ópera bufa da imoralidade, o prefeito de Presidente Dutra simplesmente ignorou a Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal, que proíbe a prática nefasta e criminosa do nepotismo, e transformou a prefeitura em caso de família. Isso porque a sobrinha Anne Karoline Rodrigues, foi nomeada como diretora do Departamento Financeiro; John Sbergue Carvalho para o cargo de Chefe da CPL; Anne Katiúrcia Carvalho para coordenadoria de Gestão da Assistência Social; Anne Karine Carvalho como coordenadora do Núcleo de Apoio NASF; Amanda Guimarães na coordenadoria de Controle de Avaliação; Wiraildo da Silva como Diretor do Departamento de Radiologia e a nora do prefeito, Jaquelani Pires, que trabalha na Secretaria da Mulher.
O mais interessante é que Juran prometeu, durante a campanha de 2012, que se fosse eleito jamais indicaria qualquer parente para compro o primeiro escalão da prefeitura. Assim conseguiu enganar os incautos eleitores de Presidente Dutra, assunto que já está na mira do Ministério Público do Maranhão.
Em qualquer país minimamente sério, Juran de Souza já teria sido apeado do cargo, sendo obrigado a devolver aos cofres municipais o dinheiro que custeou mais uma farra imoral nesse descalabro chamado Brasil. Se por enquanto não é caso de cadeia, por certo é de polícia.