Criminalidade no Brasil só reduzirá quando o governo combater com firmeza o tráfico na Bolívia

Xis da questão – Desde as primeiras horas de segunda-feira (4), a imprensa brasileira vem dando destaque aos dados da 7ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, estudo produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e que tem por base informações do IBGE e do Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública (Sinesp), gerido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça.

Os dados são alarmantes, mas, como sempre, os veículos de comunicação preferem ser pontuais ao dar a notícia, como sem as causas do problema não merecessem atenção. Para se ter ideia da degradação da sociedade brasileira, como um todo, o País registrou, em 2012, mais estupros do que homicídios dolosos (quando há intenção de matar). Foram 50.617 casos de estupro em 2012, o que equivale a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes. Um avanço de 18,17% em relação a 2011, quando a taxa foi de 22,1 por grupo de 100 mil. O número de homicídios dolosos registrados em 2012 foi de 47.136.

No quesito homicídios, a situação também é preocupante. De acordo com Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil foram registrados, no ano passado, 25,8 homicídios para cada 100 mil habitantes. Um número elevado se comparado com o do México, país que há anos enfrenta uma séria onda de criminalidade decorrente do tráfico de entorpecentes – 23,7 homicídios por cada 100 mil habitantes. Nos Estados Unidos o índice foi de 4,7 homicídios por 100 mil habitantes; no Chile, 3,7; na Suíça, 0,6.

Compreender os dados do Anuário não é tarefa das mais complexas. Basta analisar o noticiário policial. Tomando como base de análise as recentes notícias sobre a segurança pública no Rio de Janeiro, por exemplo, onde as festejadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) começam a colapsar, não é difícil perceber que a catapulta do crime é o tráfico de drogas, algo que o governo petista de Dilma Vana Rousseff finge combater nas fronteiras brasileiras.

Não é preciso qualquer esforço sobrenatural do raciocínio para perceber que o fracasso da segurança pública, que se alastra por todo o País, está diretamente ligado ao fato de Evo Morales ter se transformado em refém dos traficantes e produtores de drogas bolivianos. Desde a chegada de Morales ao comando do vizinho país, a produção anual de cocaína na Bolívia saltou de 50 toneladas para 300 toneladas. Um cenário perigosíssimo para o qual as autoridades brasileiras não dão a devida importância, até porque há nos bastidores o enfadonho e criminoso Foro de São Paulo.

A situação é tão grave, que facções criminosas brasileiras há muito operam na Bolívia, eliminando atravessadores na produção e tráfico de drogas. Para que o leitor tenha ideia do perigo que nos ronda, muitas autoridades bolivianas, inclusive algumas que atuam no Brasil, são ligadas ao bilionário negócio da cocaína. Enquanto o Palácio do Planalto não agir com rigor para combater o tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia, o Brasil continuará sendo devorado pela onda de criminalidade que assusta sobremaneira os cidadãos.

Em análise não muito aprofundada do tema é possível perceber que o gráfico sobre a escalada do crime no Brasil coincide com o do aumento da produção de cocaína na Bolívia. E os palacianos só não enxergam o óbvio por questões ideológicas.