Soltando a voz – O Democratas protocola nesta terça-feira (5) requerimentos de convocação para que ministros do governo petista de Dilma Rousseff expliquem espionagem a diplomatas de três países. As convocações – que serão protocoladas na Câmara dos Deputados nas Comissões de Constituição e Justiça, Relações Exteriores, Desenvolvimento Econômico, Segurança Pública e Fiscalização Financeira e Controle – têm como alvo os ministros da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo; do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Carvalho Siqueira; e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. O monitoramento de integrantes da diplomacia de países, como Rússia, Iraque e Irã, foi revelado na segunda-feira (4) em reportagem do jornal “Folha S. Paulo”.
“Os ministros têm que dar satisfações ao povo brasileiro e aos países espionados. Como funciona o esquema de espionagem montado pelo PT? A presidente Dilma fez questão de vir com demagogia quando foi revelado o esquema de espionagem dos Estados Unidos. A ação norte-americana é tão grave quanto usar agentes brasileiros para uma guerra ideológica”, declarou o líder da bancada na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).
“Esse lamentável fato demonstra a incompetência do serviço de contraespionagem do Brasil que se vê desmoralizado nesse episódio e a incoerência do governo brasileiro que cobra uma prática dos governos estrangeiros e faz justamente o contrário”, avalia o vice-líder Mendonça Filho (PE).
Conforme matéria publicada pela “Folha de S. Paulo”, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) desenvolveu, pelo menos, dez operações secretas entre os anos de 2003 e 2004.
“Espionar, bisbilhotar, perseguir. Tão inadmissível quando o que a NSA (Agência de Inteligência dos EUA) fez. Dilma posa de vestal, mas age da mesma forma. Infelizmente, há um descaramento generalizado entre os países quando o assunto é espionagem. Por isso, vamos cobrar a convocação dos ministros da Justiça, do GSI e das Relações Exteriores para que expliquem esse caso de espionagem por parte do governo brasileiro”, acrescenta Caiado.
