Prova dos nove – Preocupada com a reeleição desde o primeiro dia do atual mandato, a petista Dilma Rousseff não se conteve e ordenou aos seus marqueteiros de plantão a feitura de um slogan de governo que pudesse continuar a enganação iniciada pelo antecessor, o agora lobista Luiz Inácio da Silva. Foi então que surgiu “País rico é país sem pobreza”. Frase que no mínimo deve ser classificado como óbvia. Acontece que Dilma não contava com a resistência da inflação, que encontrou na incompetência do ainda ministro Guido Mantega (Fazenda) o terreno fértil e necessário para prosperar.
Dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados nesta terça-feira (12) mostram que a inflação para as famílias com renda mensal de até 2,5 salários mínimos mais que dobrou na passagem de setembro para outubro. E nada pode ser pior na vida do trabalhador do que a voracidade da inflação, que avança à sombra da paralisia de um governo de incompetentes.
De acordo com a FGV, os alimentos foram os responsáveis pela alta, pois os preços saíram de uma deflação de 0,16% para alta de 1,13%. O tomate teve os preços reajustados em 21,32% em outubro, ante a deflação de 7,61% em setembro.
O Palácio do Planalto insistem em anunciar que a inflação oficial está abaixo de 6% ao ano, mas o índice real do mais temido fantasma da economia já dá sinais de que poderá ultrapassar em breve a marca de 20%. Isso porque os preços dos alimentos têm subido de forma sistemática e contínua, fazendo com que o salário do trabalhador, que é pífio, termine antes do final do mês. Como se fosse pouco, os preços dos serviços estão seguindo a mesma toada, o que faz com que a carestia do cotidiano torne-se cada vez mais assustadora.
Considerando que dois terços da população brasileira, de acordo com o IBGE, recebem mensalmente menos do que dois salários mínimo, não é difícil imaginar o que passam esses corajosos e incautos cidadãos que um dia acreditaram que Lula era a versão tropical de Messias, a derradeira salvação do universo.
Nos tempos em que engrossava as fileiras da oposição, o PT não economizava ruídos para, agarrado à bazófia, criticar o governo de maneira implacável. Depois da chegada de Lula ao Palácio do Planalto, o partido não teve dificuldades para rasgar o discurso pretérito e adotar as mesmas práticas que condenava.
Em apenas uma década o PT conseguiu arruinar a economia brasileira, que para retomar o status anterior exigirá dos cidadãos de bem pelo menos cinquenta anos de esforço continuado. Como disse certa feita um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.