Atum radioativo – Pouco mais de dois anos após o acidente nuclear em Fukushima, os efeitos do desastre, precedido por um terremoto, são observados do outro lado do Pacífico. Recentemente, atuns capturados na costa da Califórnia, nos Estados Unidos, apresentaram altos níveis de contaminação por radioatividade. A situação já havia sido registrada anteriormente, mas se repete quando ocorrem tempestades e intempéries em alto mar.
Os peixes foram encontrados com concentração do elemento radioativo césio-134, oriundo da usina nuclear, mas a maioria dos especialistas afirma que não há motivos para alarde em relação à alimentação.
A minoria dos atuns comercializados nos estabelecimentos norte-americanos é proveniente de águas japonesas – 70% são importados da América Central, enquanto os demais 30% são produzidos nacionalmente, em Boston e Louisiana.
No início de outubro, pesquisadores norte-americanos realizaram testes em 50 atuns capturados na costa da Califórnia, dos quais 33 contavam com a presença de césio-134, que foi imediatamente relacionada ao acidente em Fukushima. Para Timothy J. Jorgensen, diretor em Medicina e Radiação da Universidade de Georgetown, os “atuns radioativos” não oferecem perigo aos consumidores.
“Quando o atum migra através do oceano, os índices de radioatividade que podem ter sido adquiridos nas águas costeiras de Fukushima diminuem consideravelmente”, explicou Jorgensen ao jornal norte-americano Tampa Bay Times.
Contrariando às manifestações de ativistas, especialistas argumentaram que há outros alimentos que emitem níveis de radiações imensuráveis, independentemente do acidente nuclear em Fukushima, e que, mesmo se o índice de césio-134 se elevar na faixa litorânea japonesa, os consumidores do peixe não correm perigo.
O atum é um dos peixes mais apreciados no mundo inteiro, no entanto, o gigante da água salgada aparece na lista dos animais que mais correm risco de extinção no habitat marinho, devido à pesca excessiva e outros fatores. (Com informações do CicloVivo)