Fechando o cerco – O Ministério Público do Paraná ofereceu denúncias contra Fernandes da Silva Borges (secretário de Administração do município de Realeza), André Willian Gaievski, Francisco Gaievski e Edmundo Gaievski, filho e irmãos de Eduardo Gaievski, ex-assessor pedófilo de Gleisi Hoffmann (PT). Os quatro foram denunciados pelo envolvimento em suborno de testemunhas para tentar inocentar o ex-assessor especial da Casa Civil, acusado da prática de 38 crimes sexuais, entre eles 26 estupros de menores e 17 estupros de vulnerável.
O quarteto teve a prisão decretada, mas tirante o filho e o secretário que já se encontram presos, os irmãos do predador sexual estão foragidos. A polícia prendeu em flagrante Borges e André Gaievski em companhia das mães de duas vítimas, quando seguiam para um cartório com o objetivo de mudar depoimentos e inocentar o ex-assessor de Gleisi, que é candidata ao governo paranaense. Com as mulheres os policiais apreenderam R$ 1 mil, mas as investigações sugerem que se tratava apenas de um sinal. A operação para libertar Gaievski envolveria quantia da ordem de R$ 600 mil em recursos não contabilizados.
A prefeitura de Realeza, onde os crimes foram cometidos, está nas mãos do PT e o envolvimento da administração municipal nas tentativas de livrar o pedófilo da cadeia ficou evidente em vários episódios. Entre eles, a prisão em flagrante do secretário municipal de Administração, Fernandes Borges, em episódio – relatado pela revista Veja – em que o município despejou um morador do viveiro municipal porque a neta do homem não queria mudar o depoimento contra Gaievski.
A denúncia revela fatos gravíssimos. Os cúmplices de Gaievski, além de suborno, intimidaram as vítimas com ameaças. Entre elas, a menor K.G.R., a quem ofereceram dinheiro e ameaçaram retirar a bolsa que a vítima tinha recebido da prefeitura para cursar a faculdade. O irmão do pedófilo, Francisco Romano Gaievski, pagou R$ 20 mil para A.P., para que ela desmentisse depoimento anterior e livrasse Gaievski de acusações de estupro.
Na quinta-feira (21), Eduardo Gaievski terá sua primeira audiência na Justiça. O pedófilo enviou ameaças ao PT exigindo assistência jurídica “padrão FIFA”. Há dias, o monstro da Casa Civil passou a ser defendido por banca de advogados que conta com os mais caros criminalistas do Paraná, os quais garantem que Gaievski passará o Natal com a família. Só não revelaram se a ceia de Natal será na casa da família do delinquente sexual ou no presídio de Francisco Beltrão, onde está preso o homem de confiança de Gleisi Hoffmann.