Ex-assessor pedófilo de Gleisi Hoffmann mantém-se calado em audiências na Justiça do PR

eduardo_gaievski_15Boca fechada – Ex-assessor da ainda ministra Gleisi Hoffmann na Casa Civil, o pedófilo Eduardo Gaievski entrou mudo e saiu calado das audiências realizadas no Fórum da Comarca de Realeza, na quinta e sexta-feira, para instrução do processo em que é acusado de 26 estupros, 17 deles cometidos contra vulneráveis, favorecimento à prostituição e uso de cargo público para obter sexo. Foram ouvidas 20 testemunhas de acusação e 12 testemunhas de defesa, além do juiz da Comarca, Figueiredo Monteiro Neto.

Uma equipe da Rotam fez a escolta da van que saiu por volta do meio dia da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, onde o monstro da Casa Civil está detido desde o dia 24 de outubro. Tanto as ruas do entorno do Fórum quanto o acesso ao prédio do tribunal do júri foram fechadas pela Polícia Militar. Temia-se que familiares das dezenas de vítimas do pedófilo fizessem uma manifestação hostil contra Gaievski, que foi prefeito de Realeza por dois mandatos (2005-2011), até ser levado para Brasília por Gleisi, que o incumbiu de cuidar das políticas relativas a menores do governo federal.

Por orientação do advogado de defesa, Eduardo Gaievski não se pronunciou na audiência. Seu depoimento será marcado para uma data ainda não definida. Não entraram nessa primeira audiência as novas denúncias que surgiram contra o acusado depois de ser preso. Pelo menos cinco menores denunciaram Gaievski por estupro depois que ele foi preso quando tentava fugir para o Paraguai, em agosto passado.

Além de Gaievski, estão presos desde outubro o filho do petista, André Willian Gaievski, e o advogado e secretário de Administração da prefeitura de Realeza, Fernandes da Silva Borges, por coação de testemunhas. Os irmãos de Gaieviski, Edmundo e Francisco, também tiveram a prisão preventiva decretada, mas estão foragidos. O Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia contra todos eles, por coação de testemunhas, formação de quadrilha e falsidade ideológica.