Mostrando a verdade – Em dezembro de 2012, questionada por jornalistas sobre o melhor presente de Natal, a presidente Dilma Rousseff disse que gostaria que este ano [2013] tivesse “um pibão e inflação baixa”. Passados doze meses, a economia brasileira continua à beira do despenhadeiro, com o PIB patinando e a inflação oficial insistindo em permanecer muito próximo do teto da meta fixada pelo governo, que é de 4,5% ao ano. Considerando que a inflação real está na casa de 20%, a situação é ainda mais crítica, mas os palacianos fingem que não enxergam o caos.
Nesta sexta-feira, 20 de dezembro, que na prática é o último dia útil do ano, o Banco Central reduziu mais uma vez a previsão de crescimento da economia em 2013, De acordo com o BC, o PIB nacional deve fechar o ano com crescimento de 2,3%, muito pouco para um país governado por herdeiros de Messias e de Aladim.
Neste ano, o Banco Central revisou para baixo o crescimento do PIB em três ocasiões. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC, a projeção para o crescimento da economia, há três meses, era de 2,5%. Em junho a instituição esperava alta do PIB de 2,7%, enquanto que em março a expectativa era de avanço de 3,1%. A mais recente estimativa do Banco Central para crescimento do Produto Interno Bruto é menor do que a projetada pelo Ministério da Fazenda, que aposta em 2,5%.
A situação está se tornando tão crítica, que o sempre ufanista Guido Mantega, ainda ministro da Fazenda, disse há dias que a economia brasileira caminha com duas pernas mancas, mas foi obrigado a recolher o discurso depois de uma carraspana da nada diplomática Dilma, responsável maior pela crise que vem corroendo o País nos últimos três anos. Fora isso, Mantega já desistiu de fazer previsões absurdas sobre o desempenho da economia, porque as últimas acabaram viando piada na imprensa e no mercado financeiro.
Para provar que Dilma Rousseff é a matriz da incompetência que reina no Palácio do Planalto, no primeiro ano do seu governo a petista conseguiu patrocinar um crescimento de 2,7%. No segundo, de apenas 0,9%. Na opinião da presidente, o crescimento do PIB em 2013 deve ficar “entre 2% e 2% e pouco”. De acordo com recente pesquisa divulgada pelo BC por meio do Boletim Focus, o mercado financeiro aposta em crescimento da economia 2,3% neste ano, ao passo que para 2014 a previsão é de 2,01%.
Prevalecendo a expectativa do Banco Central para 2013, Dilma terá conseguido, nos três anos de seu governo, um crescimento econômico médio de 1,96%, um fiasco para quem há meses ousou querer ensinar aos europeus como sair da crise.
A sorte maior do PT é que a maior parte do eleitorado nacional é formada por uma massa de leigos em economia, o que faz com que as besteiras palacianas passem despercebidas. Com o crédito fácil que grassa no mercado desde o final de 2008, o brasileiro ainda não conseguiu avaliar a extensão do estrago imposto por Lula e sua horda ao País. Para recuperar esse estrago, os brasileiros de bem terão de despender esforço contínuo durante pelo menos cinco décadas. Mesmo assim, o partido bandoleiro não desiste de posar como a derradeira salvação do universo.