Até que enfim – Após enfrentar o vexame de ser cobrada pelo Twitter, a presidente Dilma Rousseff finalmente assinou a exoneração do peemedebista baiano Geddel Vieira Lima, então vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. Presidente do PMDB da Bahia e virtual candidato do partido ao Palácio de Ondina, sede do Executivo estadual, Geddel aguardava com ansiedade a confirmação de sua exoneração, publicada na edição desta sexta-feira (27) do Diário Oficial da União.
Por meio do microblog que mantém no Twitter, Geddel Vieira Lima pediu à presidente que acelerasse sua demissão da Caixa. “Cara presidenta Dilma, por gentileza, determine publicação de minha exoneração da função que ocupo, e cujo pedido já se encontra nas mãos de Vossa Excelência”, escreveu o peemedebista.
Em postagem anterior, Geddel afirmou que tinha apelado ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que o ajudasse a deixar o governo do PT. “Acabo de fazer novo e dramático apelo, agora ao presidente da Câmara, para que agilize a publicação da minha exoneração. O que está havendo?”, publicou.
Eleito deputado federal para cinco mandatos consecutivos, Geddel Vieira ocupou, entre 2007 e 2010, o Ministério da Integração Nacional, durante o governo do presidente Luiz Inácio da Silva, o lobista alcaguete. Ficou longe da Câmara dos Deputados a partir de 2010, ano em que disputou, sem sucesso, o governo da Bahia.
A forma como aconteceu o pedido de exoneração mostra que o Palácio do Planalto está cada vez mais refém do PMDB, maior partido da chamada base aliada ao governo no Congresso Nacional. Por outro lado, a demora da presidente em atender ao pedido de Geddel mostra que o PT esperava contar com o PMDB para eleger o sucessor do “companheiro” Jaques Wagner, atual governador da Bahia. Um dos pré-candidatos do PT ao governo baiano é o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, caso as muitas mazelas da petroleira não o derrubaram antes do início da campanha.