Colunista da Folha ridiculariza a ainda ministra Gleisi Hoffmann, a “Magda” da Casa Civil

gleisi_hoffmann_30Preço da fama – Na coluna publicada na edição desta quinta-feira (9) da “Folha de S. Paulo”, o jornalista Vinicius Torres Freire ajuda a consolidar o apelido de “Magda” que persegue Gleisi Hoffmann desde que a petista e dublê de censora, nomeada ministra, começou cometer equívocos em Brasília. Entre seus desatinos, o mais famoso foi nomear um pedófilo (Eduardo Gaievski) para comandar as políticas do governo federal para os menores, mas Torres Freire analisa com maestria a última bravata de Gleisi, envolvendo as companhias aéreas.

“Ainda na semana do Ano-Novo, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, antecipou, em linhas gerais, o resultado das contas do governo federal de 2013. No domingo, em entrevista a esta Folha, a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, avisou que poderia abrir o mercado de aviação para empresas estrangeiras caso as companhias brasileiras exagerassem nos preços, por causa da Copa”, escreve o jornalista.

“Gleisi, em última análise, ameaçou as empresas aéreas brasileiras com competição, subtexto tão evidente da entrevista que a coisa virou piada até nas ditas “redes sociais”. Está claro que não pega bem dizer que um mercado funciona tão mal que é preciso o governo vir com “medidas emergenciais” de competição (“abusem, mas não exagerem”)”, prossegue Torres Freire.

“No caso das passagens aéreas, a ameaça caiu especialmente mal porque o assunto é “pop”. Os serviços das empresas do setor são detestados como os de telefônicas ou de TV por assinatura. Muitos sentem na veia a ruindade desses serviços. No fundo, a “medida” não pega bem de jeito nenhum. Se há cartel, oligopólio e/ou ineficiência grossa, essas ameaças pontuais de “mais competição” suscitam a ideia de que o governo é em geral conivente com o abuso, além de não ter política de incentivo à maior produtividade”, ironiza o colunista.

“Para piorar, a ameaça da ministra era inadvertida e fundamentalmente vazia, ao menos segundo empresas estrangeiras e entendidos na legislação. Primeiro, as empresas aéreas de fora dizem que não teriam como fazer uma oferta de voos emergência. Segundo, a lei brasileira proibiria a abertura dos aeroportos. Além de anunciar um remendo que por si só denuncia um descalabro, mais uma vez um ministro aparece com uma ideia apressada e sem fundamentação técnica elementar”, conclui.

O desatino maior, que ainda não foi oficializado, é a candidatura de Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, um dos mais destacados e importantes estados brasileiros. Foi por causa desse sonho político – que já consideram um pesadelo – que Gleisi decidiu guindar o pedófilo Eduardo Gaievski à condição de assessor especial na Casa Civil. A senadora licenciada do PT não gosta de ver o seu nome atrelado ao de Gaievski, mas antes da decretação da prisão do delinquente sexual a ainda ministra lhe tentava tirar proveito das articulações do companheiro de legenda, que foi prefeito de Realeza por dois mandatos consecutivos.

Com Eduardo Gaievski preso e respondendo a conturbado processo criminal, com dezenas de vítimas, a chefe da Casa Civil tenta descolar sua imagem da do predador sexual. Isso porque alguns veículos de comunicação, como é o caso do ucho.info, têm noticiado com insistência o escândalo, uma vez que a nomeação do assessor especial de Gleisi deveria ter passado pelo crivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Afinal, Gaievski trabalhou a poucos metros do gabinete da presidente Dilma Rousseff. Deixando de lado as correntes ideológicas e a latente incompetência do governo, a presidente ainda é a maior autoridade do País. E a presença de Gaievski no Palácio do Planalto é incompreensível. Enfim, como disse certa feita um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.