Lula+Dilma: preço da cesta básica subiu mais de 10% em 2013; aumento do mínimo já evaporou

dinheiro_41Fiasco oficial – Quando foi apresentada ao eleitorado brasileiro, a então candidata Dilma Rousseff foi contemplada por Lula com o bordão “garantia de continuidade”. A petista, para o azar dos brasileiros de bem, não tem decepcionado o seu mentor eleitoral, pois manteve a onda de mitomania que circula pelo Palácio do Planalto desde janeiro de 2013.

No pronunciamento de final de ano que fez no apagar das luzes de 2013, Dilma não se fez de rogada e abusou da mitomania de maneira escandalosa, como se o país fosse um enorme picadeiro. Disse a presidente que o ano (2013) terminou melhor do que começou. Dilma esqueceu-se de dizer onde ocorreu esse milagre, que certamente não foi no Brasil. O discurso oficial deu destaque às conquistas dos trabalhadores, que, vale lembrar, é outra sonora mentira com a chancela da presidente.

Desde 1º de janeiro, o salário mínimo vale incríveis R$ 724, valor ínfimo para quem recebe, mas pesado para quem paga. O que denota que há algo extremamente grave nas coxias da economia. O aumento de 6,7847% do salário mínimo – saltou de R$ 678 para R$ 724 – evaporou muito antes de ser concedido. Isso porque a inflação real está flanando no patamar de 20% ao ano, o que faz com que qualquer trabalhador tenha que fazer malabarismo para atravessar o mês.

Para mostrar que a economia nacional está a um passo do abismo, basta analisar a evolução do preço da cesta básica em todo o País. Das dezoito capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nove apresentaram alta de preço da cesta básica acima de 10%. A maior alta foi registrada em Salvador (16,74%), influenciada pelo preço da carne, que subiu 14,71%. Também tiveram alta acentuada as cestas básicas de Natal (14,07%) e Campo Grande (12,38%). Os menores avanços ocorreram em Goiânia (4,37%) e Brasília (4,99%). Em São Paulo, maior cidade brasileira, o aumento foi de 7,33%.

Salário mínimo deveria ser R$ 2.765

Tendo como base o custo da cesta básica e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência, o Dieese estima que, em dezembro de 2013, o menor salário pago no país deveria ser R$ 2.765,44. Considerando que no último mês de 2013 o salário mínimo vigente valia R$ 678, o proposto pelo Dieese para aquele mês era 4,07 vezes maior.

Segundo pesquisa da entidade, em dezembro de 2012 o valor mínimo necessário para atender às despesas de uma família era de R$ 2.561,47. Em dezembro de 2013, um trabalhador que ganha salário mínimo precisou trabalhar 94 horas e 47 minutos para poder compra os alimentos considerados essenciais, contra uma jornada de 94 horas e 23 minutos no mesmo mês de 2012.

Essa análise da carga laboral versus o valor necessário para a compra de alimentos evidencia a extensão da crise em que mergulhou o Brasil, no rastro da incompetência e do populismo barato dos governos petistas que conseguiram arruinar a economia nos últimos onze anos.

Usando como referência os números do Dieese, entidade que os petistas sempre defenderam, chega-se à conclusão que nesse país de Alice em que vivemos um trabalhador remunerado com salário mínimo precisa trabalhar metade do mês para garantir a compra de alimentos. Mesmo assim, Dilma Rousseff e seus assessores enchem o peito quando falam das conquistas dos trabalhadores.