Chave de hospício – Mais importante pasta do governo federal, a Casa Civil continuará refém da incompetência. Isso porque os últimos que chefiaram a Casa Civil têm currículo pouco convincente. Com a queda de José Dirceu, na esteira do escândalo do Mensalão do PT, Lula nomeou Dilma Vana Rousseff, que à época ocupava o Ministério de Minas e Energia e desde 2010 lidera o desgoverno tem levado cada vez mais o Brasil ao buraco da crise econômica.
Com a saída de Dilma, que deixou o governo para concorrer à Presidência, assumiu a pasta a petista Erenice Guerra, que foi ejetada do cargo no vácuo de rumoroso escândalo de tráfico de influência. Com a eleição da presidente, Antonio Palocci Filho retornou ao governo para chefiar a Casa Civil, mas sua temporada foi curta (seis meses) por causa do milagre da multiplicação, muito conhecido no meio político nacional. O patrimônio de Palocci cresceu pelo menos vinte vezes em apenas quatro anos.
Para o lugar de Antonio Palocci foi convidada a senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PR), que foi alvo de chacotas antes mesmo de assumir o cargo. O então ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que Gleisi sequer conhecia Brasília, em referência à falta de capacidade da petista para assumir tão importante pasta. Arrogante e com espantosa vocação para a censura, Gleisi Hoffmann achincalhou a Casa Civil ao indicar como assessor especial da pasta um pedófilo acusado de dezenas de crimes sexuais, inclusive estupro de vulneráveis.
Candidata do PT ao governo do Paraná, Gleisi deve deixar o governo nos próximos dias e será substituída pelo “companheiro” Aloizio Mercadante, confirmando notícia publicada pelo ucho.info. Não bastasse seu pífio desempenho como senador da República, representando o estado de São Paulo, Mercadante concorreu ao governo paulista em 2006 e viu sua campanha envolvida no escândalo que ficou nacionalmente conhecido como Dossiê Cuiabá ou Dossiê dos Aloprados.
Dilma Rousseff parece não se importar com o currículo do chefe da Casa Civil, desde que este cumpra suas ordens. Atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante inovou em termos educacionais. Primeiro conseguiu a proeza de revogar o irrevogável, como ressuscitar um cadáver devidamente sepultado. Na sequência o petista inaugurou algo inusitado no mundo acadêmico: o autoplágio. Em sua tese de doutorado, Mercadante inovou e plagiou a si mesmo, assunto que rendeu muita polêmica na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp.
A ida de Mercadante para a Casa Civil mostra que o PT mais uma vez rasga o estridente discurso do passado, pois a pasta será utilizada como uma espécie de apêndice da campanha de Dilma Rousseff pela reeleição. Tudo custeado pelo suado dinheiro do contribuinte, que não mais suporta pagar impostos sem ter a devida carga tributária. Com a chegada de Mercadante ao segundo mais importante gabinete do Palácio do Planalto, a Secretaria de Relações Institucionais perde parte de sua função. A ministra Ideli Salvatti, que deve deixar o governo para concorrer ao governo de Santa Catarina, verá o seu trabalho (sic) ser entregue a alguém com paridade de competência.
Os brasileiros de bem têm a obrigação de protestar contra qualquer uso da Casa Civil como anexo do projeto de reeleição de Dilma Rousseff, que tem circulado pelo Brasil apenas para cumprir compromissos de campanha. É inadmissível que em um país diuturnamente consumido pela paralisia de um governo de incompetentes aceite que a Casa Civil seja utilizada como trampolim do projeto totalitarista de poder do Partido dos Trabalhadores.