USP: Alckmin deve ignorar os gazeteiros, enfrentar os criminosos e reforçar segurança no campus

(Foto: Alexandre Cappi)
(Foto: Alexandre Cappi)
Casa da Geni – O tucano Geraldo Alckmin precisa reagir e respeitar o direito dos cidadãos à segurança pública. E necessário implantar um sistema de tolerância zero na maior cidade brasileira, São Paulo, sem o qual a capital paulista em breve estará tomada pelos criminosos. Isso deve ocorrer independentemente de qualquer ameaça dos adversários, que agora, por questões de mero oportunismo, adotaram o discurso chicaneiro da discriminação social.

Localizada na Zona Oeste paulistana, a Cidade Universitária, os bandidos estão aterrorizando os ciclistas que usam as avenidas e alamedas da USP para a prática de exercícios físicos. Os marginais adentram ao local armados com pistolas e metralhadoras, levando sem qualquer cerimônia carros e bicicletas dos frequentadores.

Desde que os estudantes começaram a pressionar o Palácio dos Bandeirantes para que a Polícia Militar deixasse a Cidade Universitária, o número de crimes cresceu de forma assustadora no campus da USP. Os estudantes querem que a PM fique longe porque a Cidade Universitária foi transformada em um vasto “maconhodromo” a céu aberto, sem contar as muitas outras drogas que são usadas diariamente nas festas de embalo que ocorrem no campus. Os estudantes podem espernear e gritar, mas a lei precisa ser cumprida à risca, sem qualquer tipo de exceção, mesmo que os partidos de esquerda, que infestam os diretórios estudantis, promovam suas conhecidas e estridentes gazetas.

Como se não bastasse a presença dos ladrões, às vezes assassinos, que moram nas favelas do entorno, a Cidade Universitária é território livre para os traficantes de drogas, que no local comercializam entorpecentes ao arrepio da lei. A situação é tão grave, que alguns ciclistas, que não abre mão do exercício físico no local, estão contratando o serviço de escolta para poder pedalar.

Em relação aos estudantes, que defendem a não presença da PM na Cidade Universitária, que se limitem a aprender e a fazer algo em prol da sociedade, sem que palpites impositivos absurdos sejam dados à sombra do desrespeito à lei. É preciso colocar ordem na Cidade Universitária e aquele que não estiver contente, mesmo que estudando de graça, que deixe a instituição. O Brasil precisa de gente com tutano e conhecimento, não um grupelho de baderneiros que divide o tempo entre arruaças, exigências absurdas e consumo de drogas.

Andança do crime

Em outro ponto da cidade, mais precisamente na região da Rua 25 de Março, famosa pelo comércio popular, a insegurança está em todos os cantos. Em uma das mais movimentadas lojas da região, que nesta época do ano fica lotada de pais que procuram material escolar a bom preço, funcionários do comércio se espalham pelos apertados e lotados corredores para, de forma constante, alertar os clientes sobre o perigo de roubos. Gritam de forma quase ininterrupta alertas de segurança – “cuidado com a bolsa, cuidado com o celular, cuidado com a carteira, bolsa sempre na frente e junto ao corpo”, e por aí vai. Do lado de fora, na rua, poucos policiais militares que não dão conta da ação dos marginais.

Os defensores convictos do PSDB dizem que as estatísticas mostram que os índices de criminalidade em São Paulo, em comparação com outros estados, é o menor do País, mas quem perde os seus bens ou tem a arma de fogo de um marginal encostada na cabeça não quer saber de números estatísticos, pesquisas e outros quetais. Muito menos quer tomar conhecimento que além das fronteiras paulistas a situação da segurança pública é ainda pior.

Os cidadãos que moram em São Paulo têm o dever de cobrar o governador, pois é aqui que o suado dinheiro de cada um ruma na direção dos impostos. Se as autoridades paulistas não arregaçarem as mangas, que não podem ser de renda, para enfrentar a crescente onda de violência que assusta os moradores da maior cidade brasileira, o êxodo de pessoas certamente tende a crescer e ritmo contínuo. Até porque é cada vez maior o número de cidadãos, de todas as classes sociais, que falam em deixar para trás a Pauliceia Desvairada. O que não se pode é abraçar a covardia apenas porque os ocupantes do Palácio do Planalto têm um discurso intimidador.