Fazendo pressão – Quando o delegado Romeu Tuma Jr., ex-secretário nacional de Justiça, lançou o seu livro “Assassinato de Reputações”, em parceria com o competente jornalista Claudio Julio Tognolli, não demorou muito para o Partido dos Trabalhadores, que ficou na berlinda, partir para o contra-ataque na tentativa de desqualificar a obra e os autores. Tuma Jr. e Tognolli são experientes o suficiente para não caírem na esparrela de uma publicação sem as devidas provas.
Na sequência, o PT partiu para uma estratégia suicida, que serviu para confirmar a autenticidade do conteúdo do livro “Assassinato de Reputações”: os petistas foram a campo para comprar o maior número possível de exemplares do livro, como forma de evitar que as verdades macabras sobre a legenda chegassem aos brasileiros. O livro é um arquivo de denúncias e coloca não apenas o Partido dos Trabalhadores em situação de dificuldade, mas detalha o modus operandi de Luiz Inácio da Silva, que atuou na ditadura como informante dos militares, como relata o livro de Tuma e Tognolli.
O conteúdo da obra é tão explosivo, que senadores da oposição querem levar Romeu Tuma Jr. para depor no Congresso Nacional, mas a tropa de choque do governo já está instruída para evitar a aprovação de um convite para o ex-secretário nacional de Justiça. O que mais uma vez reforça a veracidade das denúncias relatadas pelo delegado a Claudio Tognolli.
Para pressionar os parlamentares a aprovarem o convite a Romeu Tuma Jr., na noite desta terça-feira (28), às 21 horas, acontecerá na rede de microblogs Twitter o “twitaço” #TumaNoCongresso, mobilização criada pelas redes sociais com o objetivo de garantir a ida de Tuma Jr. ao Senado.
Conhecedor dos subterrâneos do governo petista do alcaguete Lula, Tuma Jr., em eventual audiência pública no Senado, poderá detalhar ainda mais as denúncias contidas no livro, que retrata a forma nada republicana do PT no comando do País, desrespeitando de forma ampla e acintosa os direitos dos cidadãos quanto à privacidade, não sem antes guardar informações sigilosas obtidas de forma ilegal, as recheiam um arsenal de dados covarde e criminoso que é acionado para fustigar adversários políticos.
Uma das denúncias feitas por Tuma Jr. e Tognolli trata da usina de dossiês comandada por Lula nos anos em que o petista esteve na Presidência da República. A direção do PT insiste em negar as acusações, mas é conhecida a sanha da legenda por dossiês contra adversários. Em 2004, por ocasião da disputa pela prefeitura de São Paulo, quando rivalizavam, no segundo turno, a então prefeita Marta Suplicy e José Serra, petistas tentaram encomendar um dossiê contra o tucano, mas a operação fracassou. Chegaram a oferecer US$ 500 mil, mas esbarraram em um jornalista que exerce a profissão a léguas de distância desse ofício criminoso em que se transformou a produção de dossiês. Na verdade, a operação petista começou ainda no primeiro turno da corrida rumo à prefeitura paulistana, quanto tentaram comprar por R$ 100 mil um dossiê contra Gilberto Kassab, atualmente aliado do partido.
O “Twitaço” da noite desta terça-feira não apenas cobra a aprovação do convite a Romeu Tuma Jr., mas defende a manutenção do Estado Democrático de Direito. Na condição de Casa bicameral que abriga representantes da sociedade, o Congresso tem a obrigação de ouvir Tuma Jr., principalmente porque este é um ano eleitoral e os parlamentares são eleitos para defender os direitos do povo brasileiro, não os interesses escusos desse ou daquele partido. Por isso, logo mais junte-se ao Twitaço #TumaNoCongresso.