Na solenidade de abertura dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional, André Vargas, por mais de duas vezes, ergue o punho cerrado, repetindo o gesto feito por José Genoino e José Dirceu no momento em que se entregaram à Polícia Federal. Uma das vezes ocorreu diante do ministro Joaquim Barbosa, quando o presidente do Supremo Tribunal Federal retirou-se momentaneamente da solenidade.
Vargas engrossa o numero grupo petista que critica duramente o julgamento do Mensalão do PT e, em 2013, capitaneou uma manobra chicaneira na Câmara dos Deputados para barrar a abertura de um processo de cassação do mandato do mensaleiro José Genoino. A base aliada acabou se posicionando contra a atitude do petista e Genoino acabou renunciando, não sem antes a sua claque fazer discursos rasgados contra Joaquim Barbosa no plenário da Câmara.
O vice-presidente da Câmara defende de forma reiterada e insana a tese de que não houve por parte do governo Lula a compra de apoio político no Congresso, mas, sim, crime eleitoral com a adoção de caixa 2. A compra de apoio político continua escancarada no Congresso Nacional, sendo que o esquema do Mensalão foi substituído pelo loteamento da Esplanada dos Ministérios.
Debochado como nove entre dez petistas, André Vargas admitiu que agiu para provocar o presidente do STF. Muitos cumprimentam com positivo, sinal de vitória. No PT, é tradicional cumprimentar com L do Lula e a gente tem se cumprimentado assim [punho erguido]. Foi o símbolo de reação dos nossos companheiros que foram injustamente condenado. O ministro está na nossa Casa. Na verdade, ele é um visitante, tem nosso respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve”, disse o petista.
A falta de estofo dos petistas é algo tão aviltante, que Vargas, desconhecendo o rito que impera nos Poderes da República, ficou entretido com o celular durante o discurso do ministro Joaquim Barbosa.
Que André Vargas é um boquirroto que acredita ser herdeiro de Aladim todos sabem, mas é preciso muita atenção por parte dos brasileiros em relação a esses comportamentos descabidos, pois uma eventual derrota de Dilma Rousseff nas urnas de outubro próximo pode desencadear uma reação inimaginável dos petistas. A situação do País em termos econômicos é muito grave e o governo começa a perder terreno inclusive entre as classes menos privilegiadas, que até então estavam embriagadas pelo consumismo e o crédito fácil. Acontece que o castelo desmoronou e o PT começa a traçar planos para enfrentar o pior.