Historiadora que entrevistou Tuma Jr. não vê problema no fato de Lula ter sido alcaguete

lula_358Virou bagunça – Há no Brasil uma situação que preocupa cada vez mais. Enquanto a esquerda caviar avança perigosamente com suas teorias covardes e rasteiras, a oposição permanece impávida e colossal, como se o País não sofresse qualquer riso de se transformar em uma versão agigantada da combalida Venezuela, que jaz à sombra da teoria do “socialismo do século 21”, embuste criado pelo finado tiranete Hugo Chávez.

No afã de dar seguimento ao projeto totalitarista de poder, o PT criou a Comissão Nacional da Verdade, cujo objetivo inicial era passar a história a limpo, mas o colegiado acabou transformado em um tribunal de exceção que só abre espaço para as verdades (sic) que interessam à esquerda tupiniquim. Sem isonomia de tratamento aos que protagonizaram o período da ditadura militar não há como falar em verdade.

A tal Comissão é tão tendenciosa e manipulada, que crimes são apenas as transgressões cometidas por integrantes da direita. No programa Roda Viva, da TV Cultura, que na edição de segunda-feira (3) teve no centro das perguntas Romeu Tuma Jr., ex-secretário nacional de Justiça, alguns entrevistadores tentaram minimizar o fato de Luiz Inácio da Silva ter sido um alcaguete que forneceu relevantes informações ao regime militar.

Líder dos metalúrgicos da região do Grande ABC, Lula atuou como informante do então diretor do DOPS, Romeu Tuma, que anos mais tarde, com a chegada do petista ao poder central, passou a integrar a base de apoio ao governo federal. A historiadora Cristine Prestes, uma das integrantes da bancada de entrevistadores, quis saber de Tuma Jr. qual era o problema em Lula ter sido informante da ditadura.

É importante ressaltar que os que colaboraram de alguma forma com a ditadura militar brasileira têm sido achincalhados pelo Palácio do Planalto, que usa a Comissão Nacional da Verdade como afiada ponta de lança para estocar os adversários ideológicos. No momento em que o livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” traz a informação, confirmada posteriormente por Tuma, de que Lula era um “X9”, surgem pessoas querendo esvaziar o fato, que até outro dia era considerado pelos esquerdistas um crime irreparável. A tentativa de desqualificar a afirmação de Tuma Jr. serve para confirmar a denúncia.

O ex-secretário nacional de Justiça disse que aceita uma acareação com Lula, de preferência na Comissão Nacional da Verdade, pois ambos têm muito a revelar. Desprovido de coragem, como todos sabem, Lula por certo recusará o convite, até porque alguém que se esquivou de falar sobre o Rosegate certamente não admitirá que foi um dedo-duro durante a ditadura.