Ministro da Justiça reaparece para, sem moral, falar em cumprimento da lei no caso da médica cubana

jose_eduardo_29Face lenhosa – Ministro da Justiça, o petista José Eduardo Martins Cardozo estava longe da cena política para não comprometer a lambança que protagonizou. A abertura de inquérito para investigar o caso da Siemens com base em documento grosseiramente adulterado e fraudado, que a Polícia Federal aceitou de forma obediente. Se crimes existiram no caso envolvendo a empresa alemã, o primeiro deles, com prova incontestável, é o cometido por Cardozo: falsidade ideológica.

Nada do que relatamos acima importa ao Partido dos Trabalhadores, que está disposto, inclusive, a atropelar a legislação e a lógica para tomar de assalto o governo de São Paulo. Isso porque o candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha, não tem o que mostrar aos eleitores paulistas. Fosse o governante ideal para assumir o comando do mais rico e importante estado da federação, Padilha teria feito algo positivo para a Saúde, pasta que comandou até recentemente no âmbito federal. O máximo que o ex-ministro conseguiu foi importar médicos cubanos, em uma operação repleta de ilegalidade e situações escusas, mas que passou a valer por conta da canetada imperiosa de Dilma Rousseff, a presidente.

Ao longo dos últimos treze anos, o PT mostrou aos brasileiros sua incontestável vocação para a delinquência política, como se isso fosse algo normal e aceitável. Fazer com que a parcela ignara da população aceitasse essa onda de desmandos foi simples, pois em cena entraram as esmolas sociais, o consumismo, o crédito fácil e outros tantos embustes oficiais que anestesiam o raciocínio do cidadão. O que não se pode aceitar é a postura dual de um representante do governo, que não sabe o que significa a expressão cumprir a lei.

José Eduardo Cardozo reapareceu, quase que obrigado, por causa da médica cubana que abandonou o programa “Mais Médicos” depois de saber da enganação patrocinada pelo governo dos irmãos Castro e tomar conhecimento que a Polícia Federal estava no seu encalço. Ramona Matos Rodrigues fugiu da cidade onde trabalhava e, com a ajuda do Democratas, conseguiu protocolar no Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) um pedido de refúgio. Foi o que bastou para Cardozo ressurgir diante de câmeras e microfones para dizer que a lei seria cumprida e que Ramona, ao abandonar o programa do governo federal, perdera o direito de trabalhar e de permanência no País.

O ministro poderia evitar vexames desse naipe, poupando a população do costumeiro cipoal de besteiras, pois antes de tudo é preciso definir o que representa “cumprimento da lei”. No momento em que entregou à Polícia Federal um documento escandalosamente fraudado como base da investigação do caso Siemens, José Eduardo Cardozo deveria ter sido sumariamente demitido e, na sequência, preso, pelo cometimento de um crime. Ou seja, Cardozo não é a pessoa mais recomendada para falar em cumprimento da lei, algo que desaprendeu pelo simples fato de integrar um partido político cuja cúpula é uma quadrilha com todas as letras, mas que os meliantes insistem em posar de inocentes que foram transformados pela elite golpista em presos políticos. Ministro, poupe-nos dessas sandices do seu partido!