Sinal vermelho – Quando o ucho.info afirma que o governo petista de Dilma Vana Rousseff é inoperante e integrado por uma legião de incompetentes, os palacianos entram em polvorosa. Por maior que seja a contrariedade dos esquerdistas, não há como contestar fatos que se sucedem e confirmam essa paralisia, marca registrada de um partido que conseguiu arruinar a economia nacional em pouco mais de uma década.
Na tarde desta quarta-feira (12), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para protestar contra a lentidão do governo em relação à reforma agrária. Aproximadamente 15 mil manifestantes de todas as regiões do País cobraram a presidente Dilma Rousseff de forma incisiva e prometem não deixar a capital dos brasileiros sem uma solução.
A manifestação, que interrompe o acesso à Praça dos Três Poderes, obrigou o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal a reforçarem a segurança. O ministro Ricardo Lewandowski, que presidia a sessão no plenário do STF, interrompeu os trabalhos depois que manifestantes derrubaram as grades de proteção em volta do prédio.
Acampados no ginásio Nilson Nelson, os manifestantes participam em Brasília do 6º Congresso Nacional do MST. A liderança do movimento, que reclama da falta de celeridade na reforma agrária, informa que em 2013 foram assentadas 7.274, a partir da desapropriação de cem áreas, em 21 estados. Para o MST, “este é um dos piores períodos” para a reforma agrária no Brasil.
No momento em que o governo do PT não consegue sequer atender as reivindicações de movimentos sociais ligados à esquerda e que historicamente são apoiadores da legenda, o brasileiro de bem não tem mais em quem confiar. A credibilidade do governo petista e da própria presidente está na corda bamba e qualquer tentativa de recuperação exigirá destreza dos operadores palacianos e muito dinheiro público. Mesmo assim, são remotas as chances de a grave situação que se espalha de Norte a Sul seja revertida.
Com essa sequência de fatos negativos, todos puxados pela crise econômica, o cenário eleitoral é tomado por um impasse em relação ao projeto de reeleição de Dilma Rousseff. Firme no propósito de permanecer no poder, o PT não descarta a possibilidade de, em breve, acionar um plano B, o que evitaria uma derrota nas urnas de outubro próximo. É preciso que os brasileiros estejam atentos aos movimentos políticos, pois surpresas desagradáveis não devem ser descartadas. Vale lembrar que o ex-presidente Lula tem adotado discurso de candidato, apesar de sua assessoria negar a hipótese de o lobista de empreiteira concorrer à Presidência da República.