Papo furado – Os integrantes do desgoverno de Dilma Rousseff insistem em enganar a opinião pública, não importando a dura realidade enfrentada diariamente pelos brasileiros, pois o pano de fundo do espetáculo palaciano é o cenário dourado e mentiroso que aparece nas propagandas oficiais.
Quando engrossava as estridentes fileiras da oposição, sempre embalados por discursos em prol dos trabalhadores, os petistas não davam trégua aos ocupantes do poder de então, sempre cobrados pelo baixo poder de compra do salário mínimo. Instalados no Planalto Central desde 2003, os petistas adotam discurso que contraria o passado e festejam ganhos pífios do salário do trabalhador.
De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio do trabalhador, em janeiro, ficou em R$ 1.983,80, valor 0,2% maior do que o observado em dezembro e 3,6% superior ao de janeiro do ano passado (em valores já corrigidos pela inflação).
Na comparação com dezembro de 2013, foram registrados ganhos no poder de compra nos setores de comércio (1,4%), educação, saúde e administração pública (1,1%) e serviços domésticos (0,6%). Na comparação com janeiro do ano passado, observam-se crescimentos em todos os segmentos, com exceção dos serviços prestados à empresa, que permaneceram estáveis. O destaque foram os serviços domésticos, com ganho de 7,5% em um ano.
O detalhe que chama a atenção nesse dado, tão comemorado pelos palacianos, é que o ganho do rendimento médio do trabalhador há muito foi corroído pela inflação real, que ao contrário da oficial (5,9%) começa a deixar para trás o patamar de 20% ao ano. No momento em que o desgoverno petista de Dilma Rousseff usa como referência um índice que nem de longe traduz a realidade do cotidiano, fica claro que as autoridades estão decididas a enganar a população.
Em relação ao valor médio de R$ 1.983,80, anunciado pelo IBGE, deve-se considerar que uma grande parcela da população recebe muito menos do que isso. Aliás, de acordo com o órgão, dois terços dos brasileiros recebem menos do que dois salários mínimos por mês, ou seja, abaixo de R$ 1,4 mil. Considerando que o aluguel de um barraco nas favelas das grandes cidades do País custa R$ 500 por mês, no mínimo, não há razão para comemorar os dados da Pesquisa Mensal de Emprego.