Face lenhosa – Ex-ministra da Casas Civil, a petista Gleisi Hoffmann votou contra – e trabalhou para derrotar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado – a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, que permitiria que menores que cometessem crimes hediondos fossem responsabilizados criminalmente. A proposta, refutada por Gleisi e pelo PT, abriria caminho legal para que menores fossem responsabilizados apenas em casos extremamente graves, como crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo. “O Brasil é signatário da convenção sobre os direitos da criança da ONU, que basicamente diz que não podemos impor a crianças e adolescentes penas que colocamos para um adulto”, disse Gleisi ao justificar seu voto contra a proposta do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Curiosamente, a senadora não demonstrou a mesma preocupação com crianças e adolescentes ao levar para assessorá-la na Casa Civil o ex-prefeito de Realeza, o pedófilo Eduardo Gaievski, acusado pelo Ministério Público do Paraná de cometer 28 estupros, 14 deles cometidos contra vulneráveis (menores de 14 anos – uma das vítimas tinha 5 anos de idade).
Gleisi não apenas levou Gaievski ao Palácio do Planalto para comandar as políticas do governo federal para menores, entre eles as de combate ao crack e a construção de creches, mas escolhera o monstro da Casa Civil para coordenar sua campanha ao governo do Paraná. O mais incrível é que um criminoso hediondo como Gaievski conseguiu ser contratado para trabalhar a poucos metros da presidente da República, apesar dos seus antecedentes como delinquente sexual. Ao que parece, Gleisi crê que menores que cometem crimes gravíssimos não devem ser punidos. Em contrapartida, a petista não vê problema algum em marginais que cometem crimes contra menores.
Apesar de Gleisi alegar que desconhecia o histórico de predador sexual de Gaievski, antes de levá-lo para a Casa Civil, essa é uma versão difícil de engolir. Candidatos a cargos de confiança, em especial os que exigem que o servidor trabalhe no entorno da presidente da República, são rigorosamente investigados pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) e pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Gaievski tinha uma longa folha corrida, facilmente acessada até mesmo pela internet. As façanhas sexuais do pedófilo eram largamente conhecidas no PT do Paraná, até porque o delinquente costumava carregar no celular mais de 50 fotos de menores nuas, algumas em grupos de três com ele na cama.
Áudios postados no YouTube mostram um homem identificado como Gaievski marcando um programa sexual com um grupo de meninas ou relatando, entre risadas, como “tirou uma virgindade” e sodomizou uma menina de 14 anos.