Sofisticado plano de fuga de líderes do PCC mostra o fiasco do governo no combate ao tráfico de drogas

trafico_drogas_02Briga desnecessária – O fracassado plano de fuga de líderes da facção criminosa PCC deflagrou uma guerra surda entre duas secretarias do governo de São Paulo: Segurança Pública e Administração Penitenciária. A primeira investigou e conseguiu impedir o que seria uma fuga cinematográfica, enquanto a segunda está às voltas com o fato de que os presos em penitenciária de segurança máxima tinham acesso a produtos proibidos, como serras e tinta.

Muito além das rusgas entre as duas pastas, o ousado plano deve ser analisado de outra maneira, distante da fogueira de vaidade que marca os bastidores do episódio. A sofisticação do plano – que previa o uso de helicópteros blindados e um avião para levar os líderes do PCC até o Paraguai – mostra que os governadores precisam urgentemente endurecer as cobranças ao governo federal, pois é inaceitável que os traficantes continuem comercializando entorpecentes e destruindo a sociedade brasileira.

A operação confirma o que muitos já sabiam. Que o crime organizado faz jus à fama e dispõe de recursos financeiros de sobra. Somente com o patrulhamento das fronteiras brasileiras é que será possível enfrentar o tráfico internacional de drogas, situação que minimizaria a situação caótica que vem devastando a juventude de norte a sul do País.

A complacência do governo petista de Dilma Vana Rousseff com os traficantes, que repete o antecessor, é fruto da ideologia obtusa e retrógrada que marca o Foro de São Paulo, movimento que reúne a esquerda latino-americana. Na confluência da ideologia comunista com o tráfico de drogas há pelo menos dois aliados do governo brasileiro que dependem do negócio criminoso: Bolívia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Para que o leitor tenha ideia do que representam a produção e o tráfico de drogas na vizinha Bolívia, sob a égide do índio cocalero Evo Morales o país sul-americano elevou a produção de pasta base de cocaína de 50 para 300 toneladas anuais. Como se não bastasse essa escalada absurda na seara da cocaína boliviana, as duas principais facções criminosas que atuam nos presídios brasileiros já operam dentro do território da Bolívia.

Ademais, o Brasil é não apenas um dos maiores consumidores da droga, mas rota de passagem do produto que é levado a outros países. Esse cenário deixa claro que a atual população do País deve exigir providências do governo federal, que insiste em transferir aos estados a responsabilidade pelo combate ao tráfico de drogas. No momento em que as fronteiras forem devidamente patrulhadas e o fôlego financeiro dos traficantes for sufocado, os brasileiros poderão pensar em futuro.