Sinal vermelho – Enquanto conversa com peemedebistas na tentativa de conter a rebelião que eclodiu na Câmara dos Deputados sob a batuta do líder Eduardo Cunha (RJ), a presidente Dilma Rousseff, que só pensa na reeleição, tem de conviver com os fatos políticos positivos registrados na agenda dos adversários. É o caso do senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República e que no dia do seu aniversário, comemorado nesta segunda-feira (10), recebeu os cumprimentos de diversos representantes das classes artística, cultural, médica e esportiva, o que representa, de chofre, apoio ao seu projeto político de chegar ao Palácio do Planalto.
Em vídeo que será veiculado ao longo desta semana, Aécio foi cumprimentado por Gilberto Gil, Affonso Romano de Sant’Anna, Ney Latorraca, Neviile de Almeida, Fagner, Milton Gonçalves, Maitê Proença, Flávio Venturini, Zezé di Camargo, Paula Burlamaqui, Wilson Piazza, Ronaldo Nazário, Bebeto, Ferreira Gullar, Beto Guedes, Marcelo Serrado, Fernando Brant, Cacá Diegues, Zico, Fernanda Abreu, Hildegard Angel, Bernardinho, Paulo Niemeyer, Fernando Bicudo, Márcio Garcia, Bebeto, Fafá de Belém, Tom Cavalcanti e Renato Teixeira, entre tantas celebridades. Contudo, deixando os famosos de lado, Aécio recebe os cumprimentos de pessoas do povo, que veem no tucano uma oportunidade de tirar o Brasil do marasmo atual.
Esse “parabéns a você” dedicado a Aécio Neves não é apenas um cumprimento pelo aniversário do senador tucano, mas um sinal claro de apoio ao pré-candidato do PSDB. Fora isso, a deferência mostra de forma clara que a presidente Dilma Rousseff se distanciou da massa pensante do País, cada vez mais abandonada por um governo populista, cuja paralisia impede que os recursos advindos dos impostos sejam investidos de maneira adequada e com celeridade.
Ademais, a campanha de Dilma é incontestavelmente dependente dos programas sociais, que garantem ao governo a formação e a manutenção de verdadeiros currais eleitorais. Por enquanto, a presidente é a única candidata em campanha, pois o PT não mais se preocupa com o discurso do passado e usa a máquina pública para expor Dilma ao eleitorado, que é facilmente fisgado pelas promessas ufanistas dos palacianos.
No momento em que os adversários entrarem de forma oficial em suas respectivas campanhas, com direito a rádio e televisão, Dilma Rousseff conseguirá avaliar a dificuldade da corrida ao Palácio do Planalto.