Antecipado pelo ucho.info, motivo da grave crise política liderada pelo PMDB é o plano totalitarista do PT

eduardo_cunha_05Esquerda, volver – A cerimônia de posse de seis novos ministros, nesta segunda-feira (17), foi uma prova incontestável de que a crise política que separa o Palácio do Planalto e o PMDB ainda não acabou e o fim está aparentemente distante. No evento comandado pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, não compareceram o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e a bancada do PMDB na Casa legislativa.

A rebelião da base aliada, comandada pelo deputado federal Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, impôs muitas derrotas ao governo petista e não será com cargos que a crise será estancada, como imaginavam os palacianos. Isso porque, como antecipou o ucho.info com exclusividade, na mira dos descontentes está o projeto do PT de se transformar em partido hegemônico no caso de vitória de Dilma nas urnas de outubro próximo.

O PT, como sabem os leitores, tem um projeto totalitarista de poder e há muito dá sinais claros de que o Brasil caminha na direção de um regime de exceção. Como noticiamos, o PT intenta sufocar todos os outros partidos no Congresso Nacional, em especial na Câmara, a partir do próximo mandato presidencial, começando pelo PMDB, que cada vez mais faz o governo refém da legenda.

O projeto petista passa pelo contingenciamento no pagamento das emendas parlamentares, principalmente em estados estratégicos em termos eleitorais, o que permitira ao PT eleger a maior bancada da história, o que garantiria não apena hegemonia, mas independência. Situação semelhante à da vizinha e combalida Venezuela, onde os parlamentares que fazem oposição ao governo de Nicolás Maduro não têm força.

O PMDB, nas últimas décadas trocou a ideologia pelo fisiologismo, se deu conta do perigo com muito atraso, o que obrigou o partido a deflagrar uma rebelião. O escolhido foi Eduardo Cunha, que conta com o apoio da cúpula da legenda, passando pelo vice-presidente da República, Michel Temer, o senador Valdir Raupp (presidente nacional do partido) e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, que vem sinalizando apoio ao tucano Aécio Neves.

A queda de braços entre os palacianos e os peemedebistas é admitida pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), que afirmou estar trabalhando para acabar com o problema o quanto antes. Acontece que o motivo da intifada vai além da concessão de cargos e liberação de verbas, o que faz com que uma solução seja considerada difícil, pelo menos por enquanto.