Face lenhosa – Fingir desconhecimento dos fatos quando o assunto é escândalo tornou-se especialidade do Partido dos Trabalhadores, prática inaugurada pelo lobista Luiz Inácio da Silva, responsável pelo período mais corrupto da história política nacional. De igual modo, os petistas também se especializaram e aparelhar a máquina, forma encontrada para empregar “companheiros” que não são fãs do trabalho, mas podem contribuir de alguma maneira para que o partido avance na implantação do seu plano totalitarista de poder.
Na quarta-feira (19), ao divulgar nota sobre a compra da obsoleta refinaria de Pasadena (Texas), pela Petrobras, a presidente Dilma Rousseff não apenas se complicou, como reconheceu diante dos brasileiros ser uma incompetente. Até porque, Dilma, que à época do negócio presidia o conselho de administração da petroleira, alegou que autorizou a compra com base em laudo pouco confiável.
Como já noticiamos, a grande questão é que, apesar de todas as esdrúxulas explicações apresentadas pela tropa de choque petista no Congresso Nacional, o negócio tinha apenas um detalhe para não ser realizado: a refinaria de Pasadena tem capacidade técnica para processar óleo leve, enquanto o objetivo da Petrobras era processar óleo pesado. Em outras palavras, é o mesmo que tentar colocar a lotação máxima de um ônibus dentro de um Fusca.
Por mais que aleguem desconhecimento acerca dos fatos, os petistas sabiam que a refinaria de Pasadena era mais uma “trampolinagem” do mais corrupto governo brasileiro em todos os tempos. Quem acompanha a política nacional e conhece seus bastidores sabe o que ocorreu na ocasião em que veio à tona o escândalo do Mensalão do PT. Temendo que as denúncias saíssem do controle e acabassem atingindo o então presidente Lula, alguns petistas se aproximaram de pessoas que sabiam detalhes comprometedores do escândalo, na tentativa de negociar o silêncio das mesmas.
Em uma das tentativas de negociação, que o ucho.info acompanhou de perto, um senador petista chegou a oferecer um cargo na refinaria de Pasadena em troca do silêncio de um assessor parlamentar. Escuso e criminoso, o negócio não prosperou porque o tal assessor, experiente que é, preferiu enfrentar as retaliações a manchar o currículo. Desde então, o assessor que recusou a oferta espúria vem sofrendo as consequências de sua atitude, enquanto os que lhe fizeram a oferta continuam a desfilar nos corredores do Congresso Nacional como paladinos da moral.