Depois de substituir Gleisi por Mercadante, presidente troca a inábil Ideli pelo enrolado Berzoini

ricardo_berzoini_08Casa de Noca – Quando destilam as conquistas (sic) dos desgovernos do partido e se vendem à opinião pública como os salvadores da pátria, os petistas ignoram a realidade dos fatos. Compreender as razões que levaram o Brasil à grave crise que diuturnamente nos ameaça não é preciso qualquer esforço descomunal do raciocínio. Basta fazer uma rápida retrospectiva da Casa Civil desde a chegada do PT ao Palácio do Planalto.

Com Lula no poder central, a Casa Civil ficou sob o comando de José Dirceu até estourar o Mensalão do PT. Agora cumprindo pena de prisão por conta do escândalo de corrupção, Dirceu foi substituído na pasta pela incompetente e nada diplomática Dilma Rousseff, a gerentona e “mãe do PAC”.

Candidata à presidência, Dilma cedeu a vaga para Erenice Guerra, que não demorou muito para se tornar alvo de escândalos. Com a eleição de Dilma, o “companheiro” Antonio Palocci assumiu a batuta da Casa Civil, mas bastaram poucos meses para que sua meteórica evolução patrimonial lhe tomasse o cargo.

Aparentemente cansada dos imbróglios da “companheirada”, a presidente parece ter deixado de lado o quesito da competência e indicou para o cargo a petista paranaense Gleisi Hoffmann, que conseguiu a proeza de nomear um pedófilo como assessor especial da pasta. Eduardo Gaievski, o pedófilo, foi responsável pela coordenação dos programas federais dedicados a menores. Ou seja, Gleisi colocou a raposa para tomar conta do galinheiro.

De olho no Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense, Gleisi levou de volta sua incompetência ao Senado Federal, cedendo lugar ao “irrevogável” Aloizio Mercadante. Além de nada ter feito como senador eleito por São Paulo, Mercadante, é bom lembrar, era o beneficiário da fraude que se ergueu a partir do fracassado Dossiê dos Aloprados.

Mas o Palácio do Planalto não vive apenas da Casa Civil. Há as chamadas relações institucionais, como se no governo existissem relações não institucionais. Como zero e nada são a mesma coisa, Dilma escolheu a articulação política de seu desgoverno à “companheira” Ideli Salvatti, que deixou o Ministério da Pesca debaixo do escândalo das lanchas superfaturadas e não entregues.

A habilidade de Ideli como negociadora política pode ser comparada à destreza de um símio em loja de cristais. Por conta desse detalhe, Lula, o presidente de fato, determinou uma dança de cadeiras. Assume a Secretaria de Relações Institucionais, na próxima terça-feira (1), o petista Ricardo Berzoini. Para quem não se recorda, Berzoini foi ministro da Previdência Social e penalizou os velhinhos, que foram obrigados a se deslocar às agências bancárias para o recadastramento. A repercussão foi trágica e o então ministro de Lula mudou de ideia.

Mas as estripulias do novo ministro não param por aí. Fundador e ex-dirigente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), Ricardo Berzoini responde na Justiça paulista, juntamente com João Vaccari Neto e outros sequazes, pelo desvio de dinheiro do caixa da entidade para financiar a campanha presidencial do agora lobista Lula. O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, em meados de 2012, pela desconsideração da personalidade jurídica da Bancoop, o que obriga aos ex-dirigentes a ressarcir os milhares de cooperados que foram escandalosa e criminosamente enganados pela quadrilha que dirigia a entidade.

Apesar desse histórico lamacento do governo, a presidente Dilma Rousseff continua acreditando que fez muito pelo Brasil. Como disse certa vez um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.