Ausência de vergonha – Quando o ucho.info afirma que o governo do PT arruinou o Brasil porque deu as costas ao planejamento e se preocupou em inchar a máquina federal com a “companheirada”, os palacianos torcem o nariz e acionam cibernética tropa de choque, como se isso pudesse nos calar.
Perceber o movimento que desmontou o País não é muito difícil, até porque a lambança oficial está pro toda parte. O mais novo registro dessa baderna institucionalizada surgiu no recente capítulo da reforma ministerial. A presidente Dilma sacou a companheira Ideli Salvatti da Secretaria de Relações Institucionais, colocando no cargo ninguém menos que o enrolado Ricardo Berzoini, o algoz dos aposentados e ex-dirigente da nebulosa Bancoop, entidade que sacrificou os mutuários para financiar a campanha do malandro Lula.
Em relação à petista Ideli Salvatti a situação não foi muito diferente, mas a epopeia é mais longeva. Para recompensar o sacrifício de ter disputado o governo de Santa Catarina, em 2010, criando palanque eleitoral para a então candidata presidencial Dilma Rousseff, a ex-senadora Ideli Salvatti foi guindada ao Ministério da Pesca, onde pegou carona no escândalo das lanchas superfaturadas, pagas e não recebidas.
Sabem os brasileiros de bem que o quadro de talentos do PT é órfão de pai e mãe, por isso Ideli foi puxada para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), onde pode exibir com tranquilidade a sua conhecida falta de destreza como articuladora política.
Por conta dos seus muitos tropeços, Ideli Salvatti foi ejetada da SRI com a chegada de Aloizio Mercadante à casa Civil, até porque o governo precisa de alguém no cargo que não apenas bata, mas que bata e assopra. E Ideli só sabe bater.
Considerando que o conluio entre os petistas é espúrio e que aos “companheiros” pouco importa o País, Ideli foi remanejada para a Secretaria de Direitos Humanos, em substituição à também petista Maria do Rosário, que deixou o cargo para disputar a reeleição como deputada federal pelo Rio Grande do Sul.
Acontece que a ida de Ideli Salvatti para a Secretaria de Direitos Humanos é temporária e não passa de um artifício de passagem, pois, criem caros leitores, a petista está aguardando uma vaga no Tribunal de Contas da União, o TCU. Ou seja, a presidente Dilma quer colocar no TCU alguém que já foi investigado pelo próprio órgão, como aconteceu no escândalo das lanchas do Ministério da Pesca, compradas para a fiscalização da atividade pesqueira, assunto que não compete à pasta.