Tiro no pé – A cada novo dia que surge o governo petista de Dilma Rousseff confirma a teoria popular de que não existe almoço de graça. Desta vez, a sabedoria popular se fez presente na decisão do governo de aumentar impostos para compensar os gastos da União com o setor elétrico, que por conta do novo modelo contratual e da estiagem prolongada tem se socorrido nos cofres do Tesouro Nacional.
Para tanto, a Secretaria da Receita Federal publicou nesta terça-feira (1), no Diário Oficial da União, portaria que reajusta a tabela que serve de base para a tributação das chamadas “bebidas frias”, que englobam cervejas, águas, isotônicos, energéticos e refrigerantes, entre outros produtos.
Com essa medida impopular do governo, a tributação sobre esses produtos deve aumentar. O governo não informou o percentual de aumento do imposto, mas a Receita Federal espera arrecadar R$ 200 milhões a mais em 2014.
Em termos financeiros a medida sequer faz sombra aos gastos do governo com o setor energético, que por conta do populismo palaciano custará ao contribuinte mais de R$ 20 bilhões, considerados os valores gastos em 2013 e neste ano.
A falta de planejamento do governo na condução da política econômica é um verdadeiro descalabro. Aproveitando que o assunto é o aumento da carga tributária de bebidas, o PT governa o Brasil com a mesma expertise que o dono de um boteco mequetrefe administra o seu negócio.
A medida é no mínimo obtusa, pois além de não minimizar o custo que representa a redução da tarifa de energia elétrica, impactará na inflação oficial (IPCA), que, segundo alguns analistas do mercado financeiro nacional, pode encerrar o ano acima do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação, a cargo do Banco Central.
Apesar de todas essas medidas estapafúrdias na seara da economia, a presidente Dilma Rousseff disse não levar em consideração a decisão da agência Standard & Poor’s de rebaixar a nota de crédito do Brasil para “BBB-”.