Muita atenção – Quem acredita nas análises que apontam a vitória de Dilma Vana Rousseff ainda no primeiro turno da eleição presidencial, em outubro próximo, desconhece a realidade política nacional ou está aceitando ser enganado. É impossível fazer previsão dessa natureza diante da crise institucional que se instalou no País, sem que a presidente esboce qualquer capacidade de solucionar um problema que só cresce.
De acordo com a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, a petista tem 38% de intenção de voto, contra 16% do tucano Aécio Neves e 10% do socialista Eduardo Campos. Mesmo que os especialistas em pesquisa façam a ressalva “se a eleição fosse hoje”, não se pode fazer previsões sobre algo imponderável. E nesse caso, o imponderável é a incapacidade do governo petista de reverter a crise, além do tempo cada vez menor para que isso eventualmente acontecesse.
A única afirmação que se pode arriscar, no momento, é que Dilma enfrenta sérias dificuldades eleitorais, as quais devem aumentar por conta do cenário futuro. O primeiro ingrediente desse quadro de conturbação é a inflação real, que sobe com teimosia e deve aumentar ainda mais durante os meses que antecederão as eleições de outubro próximo. Na seara da inflação real, o mais temido fantasma da economia verde-loura já deixou para trás o patamar de 20% ao ano, o que faz com que o trabalhador conviva mais uma vez com situação indesejável: o salário acaba antes da hora e o mês continua avançando.
P segundo ingrediente dessa receita explosiva está por conta das manifestações populares que devem acontecer durante a Copa do Mundo, um evento desnecessário para o País, mas que por causa da fanfarrice megalômana de Lula vem sangrando os cofres oficiais, sem que outros setores carentes do cotidiano nacional tenham recebido qualquer investimento expressivo para sair da situação de caos.
Não bastassem esses dois ingredientes indigestos, Dilma vem enfrentando os efeitos colaterais do banditismo político a que o PT se dedicou na última década. Uma sequência quase interminável de escândalos vem despertando a população brasileira para a dura e criminosa realidade que esses falsos herdeiros de Aladim criaram. O Brasil se transformou em berço da roubalheira oficial, sem que nada consiga deter os saltimbancos, cada vez mais ricos e impunes.
Pessoas que frequentam os bastidores palacianos conversaram com o editor do ucho.info e revelaram que é grande o desespero que se abateu sobre os palacianos envolvidos com o projeto de reeleição de Dilma Rousseff. A razão maior para o temor é que cresce a corrente dos que apostam em queda ainda maior da popularidade da presidente, que pode chegar às vésperas da eleição com 30% de intenção de voto, índice considerado baixo e perigoso pelos especialistas.
Confirmado esse índice, mesmo que alguns escassos pontos percentuais acima, Dilma seria obrigada a enfrentar um segundo turno, situação que os petistas consideram como prenúncio de derrota. Isso porque os adversários devem crescer em termos de popularidade a partir do início oficial do período de campanha. Ademais, não se deve desconsiderar os candidatos dos chamados partidos nanicos, que em disputa eleitoral apertada certamente fazem a diferença.
A grande questão é que Dilma não sabe o que fazer para reverter a situação atual, da mesma forma que não lhe resta tempo para tal. Diante do impasse, ao PT restou a saída de adotar o discurso mentiroso de que a presidente pode vencer a eleição no primeiro turno. O que os petistas tentam com essa estratégia é lançar uma ideia mentirosa com viés viral, o que faria com que os eleitores descontentes com o governo federal jogassem a toalha.