Marcado pela incompetência, governo Dilma volta a apostar no consumismo para reverter crise

crise_economica_05Pela culatra – A política econômica adota pelo governo de Dilma Rousseff é tão esdrúxula e fracassada, que a crise avança na mesma proporção que a inflação resiste às investidas das autoridades. Sem saber o que fazer para reverter o quadro que preocupa cada vez mais, o Palácio do Planalto volta a apostar na tese de que o consumismo é capaz de derrotar todos os problemas.

Acompanhando a queda na venda de automóveis novos e pressionado por representantes do setor, o desgoverno petista decidiu mais uma vez prorrogar a isenção de impostos como forma de alavancar os negócios e preservar postos de trabalho. Para ajudar na estratégia, autoridades econômicas estão negociando com bancos e financeiras para ampliar o prazo de financiamento para carros novos e diminuir o valor da entrada.

Essa estratégia tem todos os ingredientes para não dar certo, pois diferentemente do que ocorreu em dezembro de 2008, quando Lula empurrou a parcela incauta da população na vala do consumo irresponsável, as famílias brasileiras alcançaram níveis perigosos de endividamento.

De acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira (29) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu, de março para abril, o número de famílias brasileiras endividadas e com contas em atraso. O percentual de famílias brasileiras que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 62,3% em abril deste ano. Em março, o índice era 61%. Na comparação com abril do ano passado (62,9%), o indicador mostra leve recuo.

Economistas apostam em crescimento pífio da economia em 2014, na casa de 1,7%, o que coloca o Brasil em último lugar entre os países emergentes (BRICS) e entre os piores da América do Sul, à frente apenas da Argentina e da combalida Venezuela.

Insistir no consumo como remédio de longo prazo para uma economia em crise constante é um equívoco que nem mesmo um recém-formado em Economia cometeria. Com a decisão anunciada pelo ainda ministro Guido Mantega, que não tem coragem suficiente para admitir o fracasso do governo do PT, a arrecadação tributária deve sofrer redução, ampliando a dívida pública federal.

Fora isso, o Palácio do Planalto volta a colocar na corda bamba os estados e os municípios, que com a redução de IPI perderão recursos repassados pelo governo federal por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ou seja, além de incompetentes os palacianos se acostumaram a fazer cortesia com o chapéu alheio.