Fio trocado – Deputado federal pelo Democratas, Rodrigo Maia (RJ) ressaltou a contradição no depoimento da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, quando comparado à versão da presidente da República, Dilma Rousseff, sobre compra da refinaria texana de Pasadena, nos Estados Unidos.
Em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (30), Foster avaliou que o negócio da compra da refinaria o equipamento era “potencialmente bom”.
“Se a senhora estiver certa, a Dilma, em sua resposta, foi desonesta. Se o negócio foi ‘potencialmente bom’, ela também tinha a mesma informação”, considerou o deputado.
Rodrigo Maia se referiu à justificativa dada por Dilma para ter validado em 2006 a compra da refinaria a partir de uma documentação produzida pelo então diretor internacional, Nestor Cerveró. À época do bisonho negócio, Dilma era presidente do Conselho de Administração da petroleira nacional.
Outra contradição levantada por Maia mostra que antes de acusar o ex-diretor de ter produzido um resumo executivo “técnico e juridicamente falho”, Dilma teceu comentários elogiosos à atuação de Cerveró, durante uma reunião do conselho em 2008.
“Quando se lê o extrato da opinião da presidente Dilma sobre o senhor Cerveró, ela fala em agradecimentos do colegiado e enaltece a sua competência técnica e o alto grau de profissionalismo e dedicação demonstrados no exercício do cargo”, expôs Maia.
O parlamentar fluminense ainda fez uma série de questionamentos relacionados aos desmandos constatados na estatal. O deputado quis saber o porquê de a diretoria internacional da empresa estar vaga desde a demissão de Cerveró; o posicionamento de Maria das Graças Foster em relação à compra da segunda parte da empresa em 2008; e se ela ainda mantém contato com o ex-diretor da empresa.