Banco dos réus – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE) reforçou a necessidade de o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, dar explicações sobre escândalo que envolve a pasta e o contrato com o laboratório farmacêutico Labogen, de propriedade do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na esteira da Operação Lava-Jato.
De acordo com o parlamentar, as novas denúncias veiculadas no jornal “O Globo”, na edição desta sexta-feira (2), que escancaram a forma fraudulenta e contra pareceres técnicos que o Labogen foi contratado pelo ministério, demonstram a extensão da fraude foi operada sob a gestão de Padilha para beneficiar aliados do deputado federal André Vargas (sem partido-PR) e da base governista.
“Não há mais como se esconder dizendo que não vai participar de palanque eleitoreiro. O agravamento das denúncias exige que o ex-ministro envolvido preste esclarecimentos no parlamento. Seria uma afronta à sociedade ele se negar a explicar como, sob sua gestão, foi assinado um contrato de R$ 134,4 milhões com um laboratório que sequer alvará de funcionamento da prefeitura tinha .”, criticou Mendonça.
O Democratas já havia protocolado um convite a Padilha para uma audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle na última semana, após a divulgação de como o doleiro preso pela Polícia Federal e o deputado André Vargas montaram um esquema de desvio de dinheiro do ministério. Mendonça acredita que o agravamento das denúncias torna imprescindíveis os esclarecimentos de Padilha na comissão.
“Ele precisa respeitar a democracia e o papel constitucional do Congresso Nacional. É desrespeitoso para toda a sociedade que uma pessoa que quer se candidatar ao governo de São Paulo ignore o tamanho do escândalo em que está metido e não entenda que ele deve explicações, sim, a todos nós”, defendeu o líder.
Novas e graves denúncias
O jornal “O Globo” denuncia que Alexandre Padilha participou como testemunha da assinatura do contrato com a Labogen e que setores técnicos do ministério já demonstravam a incapacidade técnica do laboratório e o superfaturamento do contrato de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) para a produção de citrato de sildenafila, o genérico do Viagra, medicamento para disfunção erétil.