Requião diz que Gleisi e o marido têm de fazer penitência e explicar relação com empreiteiras

gleisi_hoffmann_52Chumbo grosso – Após a intensa artilharia petista, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) resolveu dar o troco com a peculiar sutileza que muitos conhecem e lhe confere, em terras paranaenses, a alcunha de “Maria Louca”. O senador peemedebista passou a afirmar que antes de se candidatar a qualquer cargo, a petista Gleisi Hoffmann deve esclarecer aos paranaenses suas relações com as empresas que prestam serviços à Petrobras. Em especial a empreiteira Camargo Corrêa e o grupo Schahin.

O grupo de Requião recorda que a denúncia de relações especiais entre a empreiteira e o casal Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo da Silva (ministro das Comunicações), surgiu na revista Veja e foi atribuída ao deputado André Vargas, coordenador da campanha de Gleisi ao governo do Paraná. O mínimo que se esperava era que o casal, ou o deputado, explicassem a denúncia. Nenhum deles o fez, o que deixa margem para que os eleitores paranaenses fiquem ainda mais desconfiados.

Segundo lembram os seguidores de Requião, a denúncia de Veja, ainda não respondida, afirma o seguinte: “Vargas insinuou que Bernardo é beneficiário do propinoduto que opera na Petrobras. O ministro, segundo o deputado, seria o intermediário de contratos entre o grupo Schahin, recorrente em escândalos petistas, e a petroleira”.

A intimidade entre o casal e o esquema do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal, seria muito maior do se imagina: “Bernardo teria recebido uma corretagem por isso, recolhida e repassada pelo “Beto”. É assim, com intimidade de sócio e amigo, que Vargas trata o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob a acusação de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que teria chegado a 10 bilhões de reais. Parte desse valor, como se revelou nas últimas semanas, são as propinas de negociatas na Petrobras”.

Ao final, uma das ironias do senador: agora que o ministro Teori Zavascki liberou os suspeitos da Lava-Jato e anulou as provas do processo, devemos esperar que André Vargas volte em triunfo para o PT, reassuma a coordenação da campanha de Gleisi e os contatos com as empreiteiras amigas.

Nessa queda de braço que se formou por causa da corrida ao Palácio Iguaçu, Gleisi e Requião não têm currículo para troca de lições de moral. No mínimo ambos deveriam recolher as garras e torcer para que nenhum novo escândalo surja no horizonte. Porém, em pelo menos um quesito Roberto Requião e Gleisi Hoffmann são coincidentes: têm clara vocação para a censura.

empresário Jorge Gerdau, sempre cortejado pela imprensa local. Enfim…