Luz acesa – Cresce a cada dia o desespero do desgoverno de Dilma Vana Rousseff diante da apatia quase generalizada do povo brasileiro em relação à Copa do Mundo, evento que o País nem mesmo em sonho tem condições de recepcionar, por maior que seja o esforço de raciocínio dos ufanistas.
O temor que se dissipa entre os palacianos é tamanho, que a ordem nas entranhas do Partido dos Trabalhadores é que cada integrante da legenda procure incentivar, de todas as maneiras, o povo a embarcar na onda da Copa, cujo jogo de estreia acontecerá no próximo dia 12 de junho, em São Paulo, na Arena Corinthians, que na esteira do financiamento do BNDES continua sendo da empreiteira Odebrecht.
Como se nada representassem os muitos desmandos cometidos na órbita do mundial de futebol, o Palácio do Planalto tem apelado aos parlamentares petistas para em seus discursos exaltem o evento, que tem todos os ingredientes para ser um enorme fiasco. Para que o leitor avalie a extensão do desespero palaciano, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) fez uso da palavra no plenário da Câmara para pedir aos brasileiros que enfeitem as ruas do País com as cores verde e amarelo.
“Sr. Presidente, eu gostaria de convocar todos os brasileiros para pintar as ruas de verde-amarelo, apoiar a nossa seleção e torcer para que o Brasil seja campeão.
Viva o Brasil!”, disse Vacarezza, após ter a palavra concedida pelo presidente da sessão, o também petista Arlindo Chinaglia.
O Brasil está mergulhado em uma séria crise institucional e financeira, mas parlamentares que custam ao contribuinte a bagatela mensal de R$ 130 mil cada encontram tempo para assuntos ridículos a ponto de serem desprezíveis.
Comerciantes em pânico
Esse desânimo em relação à Copa não está apenas na seara dos torcedores, mas também no comércio. Em São Paulo, os atacadistas de quinquilharias já não sabem o fazer com o elevado estoque de apitos, bandeirolas, vuvuzelas, perucas coloridas e outras tranqueiras. Apostaram alto no engajamento dos torcedores e agora buscam soluções que vão além de descontos e promoções.
A situação também ultrapassou as fronteiras do comércio de quinquilharias e chegou ao setor de alimentos e bebidas. Na capital paulista, muitos bares e restaurantes, que eram a esperança dos comerciantes de bugigangas, estão cautelosos em relação à compra de materiais de decoração alusivos à Copa. Essa cautela se deve não apenas ao pouco entusiasmo da população, mas também à possibilidade de os estabelecimentos serem invadidos por manifestantes durante os jogos da Copa ou após o encerramento dos mesmos.
Apesar desse cenário desfavorável, a presidente Dilma Rousseff, que só tem olhos para a sua antecipada campanha pela reeleição, continua insistindo na tese de que o Brasil fará a Copa das Copas.