Pedras no caminho – O desgoverno de Dilma Rousseff tem abusado da pirotecnia oficial para esconder a gravidade e a extensão da crise econômica que chacoalha o País, mas não há como conter as verdades duras do dia a dia.
Enquanto a presidente da República percorre o Brasil em antecipada e ilegal campanha, sempre custeada pelo suado dinheiro do contribuinte, para tentar convencer os incautos de que essa barafunda verde-loura é o país de Alice, aquele das fabulosas maravilhas, empresários de diversos setores batem cabeça na tentativa de encontrar uma solução para a continuidade de seus negócios. Isso porque o consumo recuou de forma sensível e a confiança dos cidadãos em relação ao futuro não é das melhores.
Um dos setores que acendeu a luz vermelha é o de confecções, que há muito sofre com a concorrência bizarra e desleal dos produtos importados, em especial os da China, onde a legislação trabalhista é falha e serve apenas para enganar.
A situação no segmento da moda é tão grave, que lojistas já não querem receber as encomendas feitas meses antes aos fabricantes de roupas. Isso vem provocando um efeito cascata, pois as indústrias de roupas também estão cercadas pela crise, mas infelizmente sem saída. A única alternativa para esse segmento da cadeia produtiva da indústria da moda será a demissão de funcionários.
O editor do ucho.info conversou com um dos mais respeitados representantes comerciais do setor de confecções, que mostrou-se desanimado com o cenário atual. Disse o executivo de vendas que os lojistas recusam as encomendas alegando que preferem não aceitar as mercadorias e manter o crédito. Ou seja, diante do arrefecimento dos consumidores os comerciantes temem não conseguir pagar aquilo que compraram. Em suma, no setor de confecções as engrenagens começam a rodar de forma mais lenta porque algumas já pararam e empurraram o esforço para outras partes da máquina.
A situação piora sobremaneira para os confeccionistas porque o mercado financeiro nacional considera o segmento como de alto risco. Isso porque a possibilidade de calote por parte dos lojistas é crescente. O nosso interlocutor disse que os bancos estão cobrando até 2,5% de juro ao mês para descontar uma duplicata de empresa de confecção, dependendo do histórico do emitente e do sacado.
Em dezembro de 2008, quando Lula, acreditando ter inventado a roda, apelou aos brasileiros incautos para que elevassem o consumo como forma de neutralizar os efeitos colaterais da crise internacional, o ucho.info alertou para o elevadíssimo perigo da medida, irresponsável e populista. Apesar do coerente alerta, os palacianos preferiram nos acusar de torcer contra o Brasil. Qualquer economista, até mesmo o que acabou de sair da faculdade, sabe que apostar no consumismo para reverter uma crise é o mesmo que “brincar” de roleta russa. Em algum momento a única bala será disparada.
Com o Brasil mergulhado em crise econômica que só cresce, à sombra da resistência desafiante da inflação, o cidadão é obrigado a rever seus hábitos de consumo. E o que era prioridade passou a ser supérfluo diante da necessidade de sobrevivência. Isso significa que os brasileiros deixaram para outro momento a renovação do guarda-roupa, pois colocar comida na mesa passou a ser prioridade. Até porque, o Brasil voltou ao tempo em que o salário do trabalhador acabava antes do final do mês. Tempo em que o PT, à época na oposição, promovia uma gritaria ensurdecedora contra os então ocupantes do poder.
A situação do setor de roupas é extremamente preocupante, pois atinge o comércio, que por sua vez deixará nefastas reticências na trilha do segmento de prestação de serviços. Mesmo assim, Dilma e a “companheirada” insistem em bradar conquistas, não sem antes exaltar a herança maldita, que agora só pode ser de Luiz Inácio da Silva, o malandro Lula. Enfim, como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.