Burrice vermelha – Muito antes de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgar o pífio crescimento do PIB no primeiro trimestre do ano (0,2%), o Palácio do Planalto já sabia do caos que se instalara na economia no período. Os palacianos também já sabiam que a indústria automobilística ajudou a puxar para baixo o crescimento econômico nacional, reflexo da crise que afeta o setor, decorrente da cautela dos endividados e inadimplentes consumidores brasileiros e a queda nas importações de veículos por parte da Argentina.
Nos últimos anos, o Mercosul deixou de ser um bloco econômico e assumiu a postura de um grupelho de esquerdistas fanfarrões que adoram se lambuzar nas benesses do capitalismo, desde que esses mimos sejam financiados pelo suado dinheiro do contribuinte. Enquanto discutia com a tresloucada Cristina de Kirchner a implantação do comunismo na América Latina, como forma de prestar contas aos irmãos-ditadores de Cuba, a petista Dilma Rousseff deixou as questões econômicas brasileiras de lado – ou a cargo de incompetentes assessores –, não se importando com a movimentação de outros países, que trataram de fechar acordos bilaterais importantes.
No momento em que a economia nacional empaca porque, entre algumas desculpas esfarrapadas, a Argentina deixou de comprar carros brasileiros, fica provado que Dilma é um monumento à incompetência. Até porque, somente um governante irresponsável e amalucado é capaz de ter na Argentina a sua tábua de salvação da economia de uma nação.
Fórmula fracassada
Com os pátios das montadoras lotados de carros novos e diante da possibilidade de uma onda de demissões, o desgoverno do PT acena com a possibilidade de despejar pelo menos R$ 5 bilhões no mercado para financiar a aquisição de carros novos. A operação deve se dar por meio dos bancos das montadoras, que respondem por 60% dos financiamentos, e usará recursos do chamado depósito compulsório, dinheiro que as instituições financeiras são obrigadas recolher ao Banco Central.
O Palácio do Planalto repetirá o erro cometido por Lula em 2008, quando o petista apostou no consumismo como forma de neutralizar os efeitos colaterais da crise internacional. A medida adotada por Lula, que deveria ser pontual e de curto prazo, acabou se estendendo e avançou pelo governo de Dilma Rousseff. Acontece que a Receita Federal conta com o fim da redução do IPI dos automóveis para o próximo mês, o que não deve ocorrer por causa da crise no setor.
Em relação ao estímulo que será dado às montadoras, Dilma cometerá o mesmo equívoco do seu antecessor, pois o Brasil não mais precisa de carros novos entupindo as vias das cidades, mas investimentos maciços em transporte público, algo que sempre bambeia entre o discurso palanqueiro e o projeto, sem qualquer avanço posterior.
Sem qualquer atenção por parte dos governantes para o transporte público, as grandes cidades brasileiras correm o sério risco de mais uma vez serem alvo de enxurradas de carros novos, sem que a malha viária urbana tenha condições de suportar tal impacto. Em São Paulo, a maior e mais importante cidade do País, os índices de congestionamento são inimagináveis, alcançando muitas vezes mais de 500 km no horário de pico noturno.
Tão populistas quanto incompetentes, os petistas insistem em pegar carona na teoria esdrúxula de que país desenvolvido é aquele em que o pobre tem um carro na garagem, quando na verdade é o que atrai o rico para o transporte público. Como o consumo das classes mais baixas ficou represado durante anos, a camarilha palaciana se aproveita desse fato para permanecer no poder na condição de salvadores da pátria. Enterraram a nação de maneira escandalosa, mas continuam sendo idolatrados como Messias. Como disse certa feita o malandro Lula, “nunca antes na história deste país”.