Em queda nas pesquisas eleitorais, Dilma mente sobre investimentos em mobilidade urbana

dilma_rousseff_447Perna curta – Para Dilma Vana Rousseff não bastou inflar o contingente de brasileiros que, na última década, teriam saído da miséria. Antes da abertura da Copa, em mais um discurso mitômano e ufanista, Dilma disse que nos últimos dez anos pelo menos 36 milhões de brasileiros deixaram a linha da miséria. Estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Palácio do Planalto, aponta que, no período entre 2002 e 2012, o número de miseráveis (ou extremamente pobres) caiu de 14,9 milhões para 6,5 milhões. Ou seja, 8,4 milhões de brasileiros em tese deixaram para trás a miserabilidade.

Na última sexta-feira (13), em exagerado e eleitoreiro discurso proferido na capital pernambucana, a presidente afirmou que foram investidos R$ 143 bilhões em mobilidade urbana, montante que “nada tem a ver com a realidade e faz parte da propaganda do governo”, afirma o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR).

Bueno faz tal afirmação com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que informa a execução orçamentária do governo federal. De acordo com o levantamento feito pelo parlamentar, na rubrica “mobilidade urbana” as despesas e investimentos foram de R$ 544 milhões efetivamente. Já em transportes coletivos urbanos, o dispêndio do Executivo federal chegou a R$ 2,462 bilhões. Os números referem-se ao período 2010/2014. “Os dados do Siafi derrubam a afirmação da presidente”, diz Bueno

“Somados, os dois itens chegam a cerca de R$ 3 bilhões, bem longe dos R$ 143 bilhões propagandeados por Dilma”, ressaltou Rubens Bueno. “A diferença é enorme e não pode ser creditada a financiamentos de bancos estatais apenas, que é uma das fontes que a presidente citou no discurso”. Para o líder, os dados mostram que a maior parte dos investimentos simplesmente não aconteceu.

“O governo tenta vender à população, com sua propaganda, algo que não existe. Há uma distância quilométrica entre o que afirma a publicidade oficial e a presidente, em seus discursos eleitoreiros, e a realidade vivida no dia a dia pelo povo brasileiro”, declarou o líder.

É justamente por falta de investimentos em setores vitais para o País e para a qualidade de vida da população, como a mobilidade urbana, que a maioria dos brasileiros quer mudança, destacou o líder do PPS.

“É preciso atentar para o fato de que 74% da população querem a mudança e apenas 33% aprovam o governo da presidente Dilma, capitaneado pelo caos não só na falta de mobilidade urbana, mas também na segurança pública, sem falar na inflação e na absoluta precariedade da saúde e da educação”.

Segundo o deputado, os investimentos foram muito baixos, embora o Congresso Nacional tenha aprovado a destinação de volumes muito maiores de recursos no Orçamento da União. No caso da mobilidade urbana, disse Bueno, foram autorizados gastos de até R$ 8,4 bilhões de 2010 a 2014. “Entretanto, a execução do governo não passou de 6,35%”, criticou.

Quanto às despesas com transportes coletivos urbanos, deputados e senadores aprovaram investimentos de R$ 10,851 bilhões. “No entanto, o governo só utilizou 22,69% deste valor”.

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