PT ataca Aécio com reportagem sobre aeroporto em MG, mas esquece dos aeroportos cubanos

lula_fidel_01Face lenhosa – Dez entre dez petistas sabem da importância de uma vitória da “companheira” Dilma Rousseff na corrida presidencial. Isso porque uma derrota poderá significar a implosão de um partido que nos últimos onze anos e meio se dedicou diuturnamente ao banditismo político, como provam as muitas ações que tramitam na Justiça, as investigações do Ministério Público e as operações policiais em andamento. Afinal, os escândalos de corrupção que levam a chancela estelar do PT são merecedores de uma frase lapidar vociferada por um conhecido comunista de boteco e gazeteiro profissional: “Nunca antes na história deste país”.

Para impedir o avanço dos adversários de Dilma nas pesquisas eleitorais – e consequentemente na disputa pelo Palácio do Planalto – o PT acionou a parte amestrada da imprensa, que não demorou a deflagrar uma operação covarde e desqualificada contra o senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB à Presidência da República.

A notícia sobre a construção de um aeroporto na cidade de Cláudio, no interior de Minas Gerais, pelo governo local foi a primeira investida do PT contra o presidenciável tucano. O movimento rasteiro se explica pelo fato de que Aécio continua ameaçando a reeleição de Dilma e também porque Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País. E comprometer o tucano em sua terra natal seria, na opinião dos petistas, uma decisão acertada.

Acontece que os alarifes do PT e seus genuflexos jornalistas não se preocuparam em checar os preâmbulos da construção do tal aeroporto. A matéria afirma que o aeródromo foi construído em uma fazenda pertencente a familiar de Aécio Neves, mas documentos do governo mineiro provam que a área é do Estado. Ademais, no local onde funciona o aeroporto já existia uma pista em péssimas condições, sendo que a obra, que consumiu quase R$ 14 milhões, serviu para reformar e melhorar o que já existia.

É sabido que em momentos de dificuldades o PT não mede esforços para atacar os adversários, como aconteceu em 2006, quando os “aloprados” de Lula surgiram em cena com o malfadado “Dossiê Cuiabá”, conjunto de documentos apócrifos que incriminavam os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra. Um dos beneficiados pela operação criminosa foi o petista Aloizio Mercadante, que à época disputava o governo paulista e atualmente chefia a Casa Civil, que já viveu dias melhores.

Dinheiro brasileiro em aeroportos de Cuba

Qualquer denúncia de desvio ou uso indevido de dinheiro público deve ser investigada a fundo, mas no caso do aeroporto de Cláudio o PT abusou da irresponsabilidade ao encomendar matéria sem alertar aos jornalistas a necessidade de ampla checagem dos documentos. Mesmo assim, as autoridades devem repassar o assunto para que não mais existam dúvidas, punindo os responsáveis por eventuais transgressões.

Essa obsessão dos petistas em relação a aeroportos parece hibernar quando o cenário é Cuba, a ilha caribenha comandada pelos facinorosos irmãos-ditadores Raúl e Fidel Castro, este último o guru da extensa maioria dos integrantes da esquerda tupiniquim.

Em 12 de abril de 2013, o site “Diario de Cuba” publicou matéria sobre a intenção do governo brasileiro de conceder à empreiteira Odebrecht um crédito de US$ 150 milhões para reformar os aeroportos da ilha caribenha que após a revolução liderada por Fidel se transformou em caldeirão do inferno para os opositores do regime local. De acordo com a publicação, o crédito seria concedido pelo BNDES e o assunto foi discutido durante visita do vice-presidente de Cuba, Marino Murillo, ao Brasil. Estafeta de luxo do presidente-ditador Raúl Castro, Murillo é responsável por assuntos relacionados às reformas econômicas em Cuba.

“Está discutindo-se o financiamento dos aeroportos”, disse à época um representante do governo brasileiro à agência de notícias Reuters. Sob a promessa de anonimato, pois não estava autorizado a falar sobre o assunto, o integrante do desgoverno petista disse que o assunto estava sob a avaliação técnica do BNDES, como se alguma decisão do banco fosse superior a uma ordem de Dilma Rousseff ou de Lula.

A promessa ridícula de Dilma em Paris

Como no Brasil desgraça pouca é bobagem, a presidente Dilma Vana Rousseff – que se arrasta diante de Fidel Castro e sua patota sanguinária – anunciou a concessão de empréstimo ao governo cubano no valor de US$ 360 milhões para a construção de um novo aeroporto em Havana. Isso sem contar a montanha de dinheiro despejada pelo BNDES para construir o porto cubano de Mariel.

Ora, no final de 2012, Dilma foi à França e em mais um momento de arrogância disse a uma plateia repleta de empresários que construiria no Brasil, em menos de dois anos, 800 aeroportos regionais. Na ocasião, a mandatária brasileira aproveitou a oportunidade e ousou ensinar aos europeus como sair da crise.

Considerando que a absurda promessa de Dilma não saiu do lugar, Aécio Neves deu uma considerável ajuda à petista, que a partir de agora terá de construir apenas 799 aeroportos nos seis meses que restam do seu cambaleante e pífio mandato.

A culpa do PT na tragédia de Congonhas

Se a grande preocupação dos petistas é com aeroportos, comecemos a desenterrar cadáveres. Lula, que comandou os destinos do País durante oito anos e continua mandando no governo de sua sucessora, Dilma Rousseff, deveria explicar pelo menos dois assuntos polêmicos. O primeiro deles refere-se à pista do aeroporto de Congonhas, na qual um avião da TAM não conseguiu frear, em 17 de julho de 2007, provocando a morte de 199 pessoas, a maior tragédia da história da aviação nacional.

Quem frequentou os bastidores do acidente sabe quantas informações importantes foram sufocadas, o que impediu que muitas chegassem à imprensa e à opinião pública. Algumas pessoas envolvidas indiretamente na tragédia simplesmente sumiram, sem qualquer explicação. Depoimentos colhidos de maneira informal revelam um cenário criminoso em que reinou a covardia explícita.

Deixando esse assunto para depois, não custa lembrar que suspeitas de superfaturamento nas obras de reforma da pista de Congonhas eram de conhecimento de muitas autoridades, que não cumpriram com o dever e deixaram o assunto rolar solto. Vale lembrar que a decisão de liberar a inacabada pista do aeroporto de Congonhas partiu da Infraero, órgão do governo federal e vinculado à Casa Civil. Ou seja, o maior culpado pelo acidente, talvez o único, é o governo federal, na pessoa de Luiz Inácio da Silva.

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