Possibilidade de segundo turno na eleição presidencial tira o sono de Dilma e seus “companheiros”

dilma_rousseff_439Enxadrismo político – Depois de circular pelo Brasil a reboque de uma campanha disfarçada, a presidente Dilma Rousseff adotou um mentiroso “bom-mocismo” e agora só decide depois do expediente os assuntos relacionados ao seu projeto de reeleição. É o que acontecerá após as 18 horas desta terça-feira (22), quando a petista reúne-se com os assessores de campanha.

A grande discussão do encontro será por qual estado da federação iniciar a campanha. A cúpula petista insiste para que Dilma comece a campanha pelo estado de São Paulo, onde o “companheiro” Alexandre Padilha continua empacado, mas a presidente tem Minas Gerais no foco. Isso porque analistas políticos e especialistas já começam a destacar a situação de Aécio Neves, ex-governador de Minas e candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, que transformou-se em ameaça crescente a Dilma.

Apesar de ter colocado Minas Gerais com prioridade de campanha, Dilma mantém os olhos abertos na direção de São Paulo, o mais importante e rico estado brasileiro. Ciente que na terra dos bandeirantes, maior colégio eleitoral do País, a empreitada não é das mais fáceis, Dilma pretende pegar carona na campanha do peemedebista Paulo Skaf, um dos concorrentes ao governo paulista.

Acontece que para Skaf essa aproximação não interessa, pois seria obrigado a minimizar o discurso sobre as agruras enfrentadas pela indústria nacional. Paulo Skaf é presidente licenciado da poderosa FIESP e conta com os votos do setor industrial para chegar ao governo do estado, tarefa que vem sendo considerada como quase impossível.

No contraponto, uma eventual insistência de Dilma para colar sua campanha na de Skaf pode causar um tremendo mal estar com o ex-presidente Lula, o lobista gazeteiro, que continua bancando politicamente a candidatura de Alexandre Padilha. Essa questão poderá acirrar ainda mais a queda de braço entre Dilma e Lula que há muito existe nos bastidores da política.

Lula, por sua vez, sabe a importância da vitória de Dilma para manter submersos os muitos escândalos de corrupção e desmandos variados ocorridos durante o período em que esteve presidente da República. Por outro lado, o próprio Lula reconhece, mesmo que apenas para si, que uma vitória de Dilma na eleição presidencial significa perda de terreno político na Praça dos Três Poderes. O primeiro sinal desse cenário materializou-se na notícia de que Gilberto Carvalho poderia deixar o Planalto no caso de Dilma ser reeleita.

O cenário de incertezas para o PT tem se repetido em vários estados, como, por exemplo, no Paraná e no Rio Grande do Sul, onde os dois candidatos do partido – Gleisi Hoffmann e Tarso genro, respectivamente – devem ser derrotados nas urnas.

apoio_04