Na contramão – Contrariando os discursos ufanistas que pululam no Palácio do Planalto acerca da economia nacional, economistas das maiores instituições financeiras em atividade no país reduziram pela décima vez consecutiva as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2014.
De acordo com os especialistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC), o PIB deve registrar avanço de 0,86% neste ano, contra 0,90% da previsão anterior. Em 2013, o PIB, depois de manobras oficiais, fechou com avanço de 2,5%.
De acordo com o semanal Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (4) pelo BC, a situação piorou no vácuo do grave cenário que emoldura a indústria brasileira. A perspectiva de retração da indústria saltou para 1,53%, contra 1,15% da previsão anterior. Em junho, a produção industrial brasileira registrou recuo 1,4%, quarto mês seguido de queda na pior série de perdas desde 2010.
Para 2015, o Boletim Focus traz projeção estável de crescimento do PIB em 1,5%, ao mesmo temo que sinaliza expansão industrial de 1,7%.
Em relação à inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a publicação do BC mostra um pequeno arrefecimento das projeções para o pior fantasma da economia em 2014, que caiu de 6,41% para 6,39%. Mesmo assim, o IPCA continua a um passo do teto do programa de metas inflacionárias fixado pelo governo federal.
No tocante à inflação para os próximos doze meses, os economistas apostam em elevação de 5,94% para 6,03%. Para 2015, as projeções para o IPCA saltou de 6,21% para 6,24%.
O quadro desanimador revelado pelos economistas mostra que a situação deve piorar sobremaneira com a reeleição de Dilma Rousseff, como antecipou a analista do Banco Santander que acabou demitida depois da covarde pressão exercida pelo fanfarrão e autoritário Luiz Inácio da silva, o lobista de empreiteira.
Diferentemente do que anuncia a presidente Dilma Rousseff, a inflação oficial não está sob controle. No cotidiano, a inflação real, aquela que atormenta o brasileiro e devora o salário do trabalhador, há muito deixou para trás o patamar de 20% ao ano, como vem afirmando nos últimos meses o ucho.info.
Sem saber o que fazer para desatar o nó que cada vez mais aperta a economia verde-loura, os palacianos insistem em usar o consumo como antídoto contra a crise que vem chacoalhando o País e tirando o sono dos cidadãos por causa da incerteza em relação ao futuro. O quadro deve piorar, pois especialistas creem em demissões nos quatro últimos meses do ano.