Soltando a voz – A mais nova lambança do desgoverno de Dilma Vana Rousseff – a difamação de jornalistas através dos computadores do Palácio do Planalto – tem todos os ingredientes para render muito mais do que imaginam os palacianos.
Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE) anunciou que apresentará três requerimentos para apurar o episódio denunciado no jornal “O Globo”, na edição desta sexta-feira (8), de que computadores do Palácio do Planalto foram usados para difamar jornalistas na internet.
Os jornalistas Carlos Sardenberg e Miriam Leitão, colunistas de Economia em importantes veículos da imprensa nacional, tiveram seus perfis na Wikipedia – enciclopédia digital colaborativa – alterados com adjetivações negativas e calúnias relacionadas ao posicionamento crítico de ambos contra o governo.
Mendonça Filho quer convocar o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general José Elito Carvalho Siqueira, para a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle; além de pedidos de informações ao ministro Siqueira e ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Os documentos serão protocolados na próxima semana.
De acordo com o líder, a revelação de que alguém infiltrado no serviço público federal tem usado a estrutura e o espaço da Presidência da República para difamar profissionais da imprensa é grave e merece investigação exemplar por parte do GSI.
“É necessário agora exigir uma atitude da Presidente Dilma, através do gabinete de Segurança Institucional da Presidência, para achar todos os responsáveis por essa conduta, no mínimo, imoral. Precisamos identificar e punir com demissão este tipo de militante infiltrado no serviço público federal”, declarou.
Justificativa
O democrata desclassificou a declaração emitida pelo Palácio do Planalto de que “não é possível apontar com segurança a identidade de quem alterou os textos citados”. Mendonça Filho acredita que a não resolução de um caso banal como esse seria uma demonstração clara de “despreparo e incompetência” do órgão.
“Será uma vergonha muito grande, uma tragédia, se a área de inteligência do governo for incapaz de descobrir quem são os envolvidos. Se a área de inteligência não for capaz de descobrir uma coisa tão banal quanto essa, imagine fatos mais graves que são capazes de comprometer a segurança da Presidência da República”, comparou.
Useiros e vezeiros
A intimidação a jornalistas que emitem opiniões contrárias ao governo petista não é novidade. Fato é que somente agora é que o caso ganhou a reverberação necessária, pois os alvos da covardia são dois profissionais da imprensa destacados e que integram o principal grupo de comunicação brasileiro.
Enquanto não eram descobertos em mais uma tentativa de intimidação, os palacianos sempre agiram de forma criminosa e sorrateira para calar jornalistas que, diária e incansavelmente, levam à opinião pública, de forma clara e didática, os meandros do caos que se instalou no País na esteira da incompetência petista.
Sempre escorado em um grupo de terroristas cibernéticos que usam a rede mundial de computadores para infernizar os desafetos, o PT há muito vem tentando impor a censura a alguns profissionais de comunicação. Tentam de tudo que existe nos subterrâneos da impunidade, mas alguns conseguem resistir de maneira corajosa a essa armação que, na frouxidão popular, levará o Brasil a um regime totalitarista de esquerda, a exemplo do que vem corroendo a vizinha e já combalida Venezuela.
Proxenetas políticos, os atuais donos do poder acreditam que não podem ser contrariados, apenas porque no partido prevalece a tese de que o fim justifica os meios, sempre criminosos. A esses bandoleiros com mandato ou instalados em elevados cargos da máquina estatal, o editor do ucho.info deixa novamente o costumeiro alerta. Aqui não se faz jornalismo de encomenda, assim como não nos curvamos a intimidações patrocinadas por covardes que se escondem nas trincheiras do Estado.
Nada sabem
A medida anunciada pelo deputado federal Mendonça Filho é necessária, pois o País está diante de um atentado contra a democracia e à livre manifestação do pensamento, apenas porque o Partido dos Trabalhadores já percebeu que uma derrota nas urnas se aproxima cada vez mais do projeto de reeleição de Dilma Rousseff, chefe de um séquito de incompetentes que durante quatro anos completaram o estrago iniciado por Lula, o apedeuta lobista.
Requerer informações ao chefe do GSI será mais uma medida para cumprir tabela, pois o general José Elito foi incapaz de barrar a nomeação de um pedófilo para o cargo de assessor especial na Casa Civil, a pedido da então ministra Gleisi Hoffmann. Se o chefe do GSI sabia do currículo hediondo de Eduardo Gaievski, amigo de Gleisi, e nada fez, é porque alguém bancou a indicação. E nesse caso a presidente Dilma Rousseff deve ser responsabilizada por omissão, pelo menos.
Contundo, se o chefe do GSI foi incapaz de detectar a vida pregressa de Gaievski, que estava disponível na rede mundial de computadores, o caso é de demissão do general. Do contrário, não é pecado pensar que o Palácio do Planalto tornou-se um bataclã de quinta.